Nesta quinta-feira (17), Fábio Wajngarten, ex-ministro da Secretaria de Comunicação do governo (Secom), fez comentários contundentes sobre o depoimento do hacker Walter Delgatti à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Segundo Wajngarten, o hacker “mente e mente e mente” ao sugerir que o ex-presidente Jair Bolsonaro seria um “Spielberg de temas eleitorais”.
Durante seu depoimento, Delgatti afirmou que, em uma reunião com Bolsonaro, o então presidente teria mencionado a possibilidade de grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Além disso, o hacker alegou que Bolsonaro teria solicitado a criação de um “código-fonte” falso para as urnas eletrônicas e prometido um indulto caso Delgatti fosse preso. Essas alegações e outras acusações lançadas contra o ex-presidente geraram grande repercussão.
No entanto, Fábio Wajngarten ironizou as declarações de Delgatti e ressaltou sua convivência com Bolsonaro desde 2016. Ele afirmou categoricamente que jamais presenciou qualquer sugestão de briefing publicitário para a produção de roteiros de filmes ou propagandas por parte do presidente. Wajngarten expressou incredulidade em relação à afirmação de Delgatti, comparando Bolsonaro ao renomado cineasta Steven Spielberg no contexto de temas eleitorais.
O ex-ministro enfatizou sua posição de que Delgatti está mentindo repetidamente em suas alegações, sugerindo que as declarações do hacker são infundadas e destinadas a denegrir a imagem de Bolsonaro. A referência ao aclamado diretor de cinema foi utilizada como uma metáfora para destacar a suposta improbabilidade das alegações do hacker.
A reação de Fábio Wajngarten ressalta a polarização e a complexidade das investigações em andamento na CPMI do 8 de janeiro, que visa esclarecer os eventos ocorridos nessa data e suas implicações políticas. As acusações apresentadas por Walter Delgatti e sua repercussão pública têm gerado debates intensos e divergentes sobre a veracidade das afirmações e o potencial impacto na imagem de figuras públicas envolvidas.
A controvérsia em torno das declarações de Delgatti e a resposta veemente de Wajngarten servem como um exemplo do clima político tenso e da batalha pela narrativa que envolve questões cruciais para o cenário político do Brasil. Conforme a investigação continua, é provável que mais revelações e reações ocorram, adicionando mais complexidade a um enredo já intrincado.
No entanto, a afirmação de Wajngarten de que Bolsonaro jamais expressou intenções relacionadas à produção de conteúdo publicitário cinematográfico lança um novo elemento ao debate, destacando o ceticismo em relação às acusações de Delgatti e enfatizando a importância de uma análise criteriosa e imparcial das alegações apresentadas durante o depoimento à CPMI.
