Ciro fala em punir deputado caso ele vire ministro de Lula

Política Nacional

O possível convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o deputado federal André Fufuca (PP-PB) integre o governo gerou uma forte reação no Partido Progressistas (PP). O presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que qualquer parlamentar do partido que aceitar um cargo no governo será punido. Nogueira reiterou que o PP não fará parte da base aliada do governo Lula.

“Se [Fufuca] assumir ministério, será afastado sumariamente da direção partidária. Qualquer parlamentar que for fazer parte desse governo, que nós não apoiamos, será afastado de decisões partidárias. Enquanto eu for presidente do Progressistas, o Progressistas jamais irá compor a base do presidente Lula”, declarou Ciro Nogueira a jornalistas após um evento de filiação do secretário estadual da Casa Civil, Arthur Lima, ao PP em São Paulo.

Essa posição clara de Nogueira expõe a divisão interna no partido em relação à adesão ao governo de Lula. Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que também esteve presente no evento, defendeu a entrada do PP na base aliada, Nogueira se posicionou de forma contrária.

Lira enfatizou que o PP, assim como outros partidos, poderia ter um ministro no governo, ressaltando a importância da coalizão política para a governabilidade. Ele argumentou que o governo eleito não formou uma maioria, o que torna crucial a formação de uma base sólida para a governança.

Embora Lira tenha dito que o PP não tem interesse no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Nogueira elogiou a postura do colega em articular a entrada do partido no governo, destacando a necessidade de independência e não de oposição por parte do presidente da Câmara.

A troca de cargos por apoio foi criticada por Nogueira, que ressaltou que essa abordagem falhou no passado. O cenário político continua a se desenrolar à medida que as negociações e posicionamentos partidários evoluem em resposta aos desafios do governo de Lula.

Enquanto isso, a declaração de Nogueira e a reação interna do PP ilustram a complexidade das alianças políticas, a diversidade de perspectivas dentro dos partidos e os desafios enfrentados pelas lideranças partidárias ao equilibrar as necessidades de suas bases e as demandas do governo.

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