Nesta terça-feira (1º), durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) gerou polêmica ao questionar o general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) durante o governo Lula, sobre sua visão acerca do Movimento de 1964 realizado pelos militares.
O deputado fez a pergunta ao general, destacando que ele ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1969, apenas cinco anos após o acontecimento de março de 1964. Porém, o parlamentar ressaltou que a questão era polêmica, com diferentes opiniões sobre o que ocorreu naquela época, e indagou se o general considerava o episódio de 1964 como positivo ou negativo para a história do Brasil.
A resposta do general Gonçalves Dias foi evasiva, pois ele optou por não opinar sobre o Movimento de 1964 e focou sua fala no assunto específico da CPI.
“Isso não é objeto da investigação. Minha Força, o Exército brasileiro, pauta a conduta em cima da hierarquia, da disciplina, amalgamada pelos valores éticos e morais, pensado em um país maior e equidade para todos”, declarou o general.
O tema relacionado ao Movimento de 1964 é altamente sensível no Brasil, envolvendo questões políticas, históricas e ideológicas. A pergunta do deputado Ricardo Salles na CPI do MST trouxe à tona a discussão sobre esse evento importante da história brasileira e ressaltou a relevância de se debater questões históricas e políticas em instâncias parlamentares.
Enquanto o país continua a lidar com as consequências e interpretações divergentes do Movimento de 1964, a CPI do MST segue buscando informações sobre o movimento dos trabalhadores rurais sem terra e os desdobramentos de suas ações no cenário atual.
