Governo Federal registra déficit primário de R$ 45,2 bilhões em junho de 2023

Brasília, DF – A Secretaria do Tesouro Nacional divulgou nesta quinta-feira (27) que as contas do governo federal apresentaram um déficit primário de R$ 45,2 bilhões no mês de junho deste ano.

O déficit primário significa que o governo arrecadou menos do que gastou, desconsiderando os pagamentos de juros da dívida pública.

Diferença em relação ao ano anterior

Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o cenário é bastante diferente. Em junho de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, as contas registraram um superávit primário de R$ 14,6 bilhões, indicando que as receitas superaram as despesas.

Justificativas para o déficit

O Tesouro Nacional justifica o déficit deste ano pela redução real de 26,1% da receita líquida e um acréscimo real de 4,9% nas despesas totais em relação aos valores do ano passado.

Outros fatores que contribuíram para a diferença na conta foram o pagamento de dividendos feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em junho deste ano, enquanto que no mesmo período do ano anterior, o governo federal concretizou a concessão da Eletrobras.

Além disso, despesas obrigatórias, como o pagamento do 13º salário de inativos e pensionistas, bem como os custos com o controle de fluxo, que incluiu o aumento do pagamento do Bolsa Família, também tiveram impacto nas contas.

Consequências e desafios

O déficit nas contas do governo federal é uma preocupação para a saúde financeira do país, pois indica que o governo está gastando mais do que arrecada, o que pode levar a um aumento do endividamento público e impactar a estabilidade econômica.

Para lidar com essa situação, o governo terá que adotar medidas para equilibrar as contas, aumentando a arrecadação e/ou reduzindo as despesas. Essas decisões podem ser desafiadoras, pois envolvem a busca por um equilíbrio entre as necessidades de investimentos públicos e a responsabilidade fiscal.

O déficit primário de R$ 45,2 bilhões nas contas do governo federal em junho de 2023 representa um desafio para a gestão econômica do país. As justificativas apresentadas pelo Tesouro Nacional apontam para a redução das receitas e o aumento das despesas em relação ao ano anterior como fatores determinantes para essa situação.

As consequências desse déficit podem exigir medidas e ações por parte do governo para garantir a estabilidade econômica e fiscal do Brasil. O cenário econômico continuará sendo acompanhado de perto pelos diversos atores políticos e econômicos do país.

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Bruno Rigacci

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