Ex-presidente Bolsonaro: Michelle de olho na presidência e a extrema direita em xeque

Política Nacional

A colunista Ruth de Aquino, do jornal O Globo, trouxe à tona nesta quinta-feira (20) uma análise contundente sobre o casal Michelle e Jair Bolsonaro, ambos filiados ao Partido Liberal (PL). No seu artigo, intitulado “Michelle de olho na presidência”, a jornalista abordou o recente episódio em que a ex-primeira-dama pediu à deputada federal Amália Barros (PL-MT) para retirar sua prótese ocular, o que gerou polêmica e críticas.

Segundo Ruth, Michelle é considerada “a mais legítima representante da extrema direita evangélica no Brasil” e aponta que ela pode ser uma clara candidata a suceder o que a autora descreve como “fascismo de espetáculo”, protagonizado por seu marido durante os quatro anos em que esteve na presidência.

A jornalista ainda destacou que até mesmo Janaina Paschoal, que considera Bolsonaro um paladino da democracia, achou constrangedor o episódio envolvendo Michelle e Amália. Em tom sarcástico, Ruth mencionou que não desmerece a força política de Michelle, mas a considera uma figura extremamente perigosa em um Brasil ainda dividido.

Ruth de Aquino criticou o país por ter perdido a chance de cassar o mandato de Bolsonaro, especialmente após ele elogiar publicamente o coronel torturador Brilhante Ustra na Câmara. Ela mencionou ter ouvido elogios ao “populismo de mortadela” de Jair Bolsonaro em 2018, mas, para a jornalista, isso não justifica o comportamento do ex-presidente.

De acordo com a colunista, Michelle segue a cartilha do marido ao criar factoides e bizarrices, referindo-se ao pedido da deputada para retirar a prótese ocular como um exemplo disso. Ela também critica a atuação de Michelle nas redes sociais, passando roupa no Instagram para conquistar seguidoras e posando como defensora dos pobres, mas desprezando religiões que não sejam a sua, em especial as de matriz africana.

Ruth de Aquino não poupou críticas à extrema direita, que, segundo ela, é sustentada por preconceitos como homofobia, xenofobia, misoginia e racismo. A jornalista questiona se expor deficiências dos outros em palcos pode ser considerado uma homenagem e sugere que a confiança íntima entre Michelle e Amália foi explorada para fins políticos.

Para finalizar, a jornalista descreve Michelle como “o fascismo com face humana”, sendo o mais insidioso de todos, que explora a fé em nome de Deus. O artigo de Ruth de Aquino suscita debates sobre a atuação da extrema direita e o papel de Michelle Bolsonaro em um possível cenário político futuro.

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