Nesta terça-feira (4), durante a cúpula do Mercosul, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, fez um apelo para que o bloco econômico se posicione claramente sobre a realidade venezuelana e o regime ditatorial de Nicolás Maduro. O líder conservador exigiu objetividade e ressaltou a necessidade de um sinal claro em favor da democracia na Venezuela.
Lacalle Pou destacou que todos os líderes presentes têm opiniões claras sobre o regime venezuelano e ressaltou que a situação no país vizinho não está caminhando para uma democracia saudável. Ele mencionou o caso da candidata María Corina Machado, que foi desqualificada por motivos políticos, prejudicando o processo eleitoral e o desenvolvimento democrático na Venezuela.
O presidente uruguaio enfatizou que outros blocos e associações internacionais têm se manifestado a favor da democracia e destacou a importância de o Mercosul dar um sinal claro em apoio ao povo venezuelano em sua busca por uma democracia plena.
Essa declaração de Lacalle Pou ocorre após a condenação da ex-deputada María Corina Machado, uma importante figura da oposição a Maduro, que foi considerada inelegível por 15 anos pela Controladoria-Geral da Venezuela. Tal decisão gerou preocupação também por parte da União Europeia, que expressou sua inquietação com a suspensão dos direitos políticos dos adversários políticos de Maduro.
O presidente uruguaio, conhecido por sua postura franca e sem rodeios, reafirma seu compromisso com a defesa dos princípios democráticos e não se preocupa em agradar aos demais líderes ou em fazer média. Em janeiro deste ano, durante a Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Lacalle Pou contestou o discurso do então ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em relação às ditaduras de Cuba e Venezuela, demonstrando sua independência e preocupação com a proteção dos valores democráticos.
Com sua exigência de um posicionamento claro do Mercosul em relação ao regime de Maduro, o presidente uruguaio busca fortalecer os laços entre os países membros do bloco e reafirmar a importância da democracia na América Latina. Sua postura firme e sua defesa incansável dos valores democráticos fazem dele um líder influente na região.
