Nesta terça-feira (27), durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expressou seu apoio ao jornalista Tiago Pavinatto, da Jovem Pan, que está enfrentando uma ação pública movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) por meio da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD).
A ação foi iniciada após um comentário feito por Pavinatto que associou o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao crime organizado, narcotráfico e a um suposto golpe de Estado. O jornalista fez essas declarações após a visita do ministro ao Complexo da Maré, conjunto de favelas considerado o mais armado do Rio de Janeiro.
A AGU, em nome do governo do presidente Lula, está pedindo uma série de reparações na ação, incluindo o pagamento de uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 300 mil. Pavinatto, por sua vez, afirma estar sendo “perseguido” por suas declarações.
Durante a CPMI dos atos de 8 de janeiro, Eduardo Bolsonaro comentou sobre a ação movida pela AGU contra o jornalista e também mencionou uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) que pede o cancelamento das outorgas de radiodifusão concedidas à Jovem Pan.
O deputado questionou o silêncio daqueles que alegavam lutar contra a ditadura militar diante do fechamento da Jovem Pan e ressaltou que Pavinatto está sendo processado por criticar Flávio Dino. Ele destacou que somente um candidato em 2022 seria capaz de barrar medidas ditatoriais e afirmou que esse candidato é Jair Bolsonaro, seu pai.
Eduardo Bolsonaro também defendeu a necessidade de pôr um fim à perseguição aos conservadores e combater medidas que possam ameaçar a liberdade de expressão.
Por meio das redes sociais, Pavinatto agradeceu o apoio do deputado e deixou claro que não irá desistir. Ele afirmou que estão mexendo com a pessoa errada e reforçou sua determinação em seguir adiante.
A manifestação de Eduardo Bolsonaro em apoio a Tiago Pavinatto reflete a polarização política e o debate sobre a liberdade de expressão no Brasil. O caso evidencia a tensão entre o governo atual e setores da imprensa, bem como a importância da proteção dos direitos individuais e do livre exercício da profissão jornalística. A repercussão desses acontecimentos continua a alimentar o panorama político do país, gerando debates e reflexões sobre os limites da liberdade de expressão e o papel dos meios de comunicação na sociedade atual.
