Secretário de Governo admite manipulação de sistema de vacinação envolvendo Jair Bolsonaro

Política Nacional

O secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, admitiu ter manipulado o sistema do Ministério da Saúde em relação à vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Brecha confessou ter utilizado a senha de uma enfermeira para excluir dados falsos de vacinação que haviam sido adicionados no CPF do então presidente da República. Essa revelação veio à tona durante as investigações relacionadas ao caso, e o secretário encontra-se preso em decorrência do inquérito em andamento.

A defesa de João Carlos de Sousa Brecha argumenta que os logins e senhas dos profissionais de saúde foram compartilhados visando acelerar a cobertura vacinal na cidade. No entanto, o secretário admite ter sido ele próprio responsável pela exclusão dos dados do sistema, não tendo sido o responsável pela inserção inicial.

Os advogados afirmam que a inclusão dos dados falsos pode ter sido um equívoco, já que basta digitar o CPF para realizar a operação. Eles esclarecem que a exclusão dos dados foi realizada por Brecha utilizando a senha da enfermeira Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, uma vez que sua própria senha não lhe permitia efetuar exclusões ou não funcionou naquele momento específico.

No documento protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do secretário solicita ao ministro Alexandre de Moraes a revogação de sua prisão preventiva, alegando que a alteração dos dados não trouxe prejuízos a Bolsonaro, uma vez que o ex-presidente estava em viagem aos Estados Unidos na ocasião.

Essa revelação levanta sérias questões sobre a integridade do sistema de vacinação e a manipulação de dados relacionados a personalidades políticas. Afinal, a transparência e a imparcialidade no processo de imunização são fundamentais para garantir a confiança da população no programa de vacinação.

As investigações em torno desse caso devem prosseguir, visando esclarecer totalmente os eventos ocorridos e determinar as responsabilidades individuais. A finalidade é garantir a lisura do sistema de vacinação e assegurar que casos de manipulação de dados não ocorram, preservando assim a credibilidade das autoridades e a confiança da sociedade no processo de imunização contra a COVID-19.

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