Nesta quarta-feira (21), o plenário do Senado aprovou, por ampla maioria, a nomeação de Cristiano Zanin como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Com 58 votos a favor e 18 contrários, Zanin conquistou a aprovação para ocupar a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski. No entanto, de acordo com informações do portal Metrópoles, sua posse efetiva deve ocorrer apenas em agosto.
Segundo interlocutores, o curto espaço de tempo entre a aprovação e o início das atividades do Judiciário, previsto para julho, inviabiliza a organização da cerimônia de posse do defensor de Lula nos casos relacionados à Operação Lava Jato. Portanto, é provável que Zanin assuma suas funções como ministro do STF somente no próximo mês.
A trajetória de Cristiano Zanin tem gerado controvérsias. Além de ter atuado como advogado pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele é casado com Valeska Zanin Martins, afilhada do petista. No entanto, críticos apontam que Zanin não possui títulos acadêmicos relevantes nem notável saber jurídico, além de nunca ter escrito obras literárias que agregassem valores à sociedade civil, exceto por seu livro sobre o caso Lula, intitulado “Lawfare”.
Apesar das polêmicas, Cristiano Zanin terá uma longa carreira como ministro do STF, podendo desfrutar do cargo por aproximadamente 27 anos. Segundo a legislação vigente, sua aposentadoria compulsória está prevista somente para novembro de 2050, quando completará 75 anos de idade.
A nomeação de Zanin para o STF despertou debates acalorados entre defensores e críticos do governo. Enquanto seus apoiadores enaltecem sua atuação na defesa dos direitos do ex-presidente Lula e enxergam nele um representante da justiça social, seus opositores questionam sua capacidade técnica e o acusam de favorecer interesses políticos em detrimento da imparcialidade judicial.
Agora, com sua aprovação no Senado, Cristiano Zanin se prepara para enfrentar os desafios e responsabilidades que o aguardam no Supremo Tribunal Federal. Resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos e observar como sua atuação irá influenciar o cenário político e jurídico do Brasil nos próximos anos.
