O jornal Estado de S. Paulo publicou um editorial nesta sexta-feira (9) em que critica o tratamento dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à imprensa. O periódico ressalta que Lula restringe o trabalho dos jornalistas ao confiná-los em cercadinhos ou afastá-los com sua equipe de segurança. Para o jornal, o presidente tem uma “aversão” à liberdade de imprensa, e o “sonho dos petistas” é ter uma imprensa submissa.
O editorial destaca que em menos de seis meses de governo, Lula tem demonstrado a mesma hostilidade em relação à imprensa profissional e independente que seu antecessor, Jair Bolsonaro. O jornal aponta que Lula mobiliza sua equipe de segurança para cercar os jornalistas e dificultar seu acesso a ele e a outras autoridades, mesmo após o término dos eventos oficiais.
O Estadão ressalta que essa aversão de Lula aos jornalistas livres não é algo recente, mas algo que ele já demonstrava em seus mandatos anteriores. O jornal afirma que a aversão do presidente à liberdade de imprensa é conhecida pelos jornalistas que honram sua profissão e que não se deixam influenciar pelos poderosos, fazendo perguntas incômodas.
O editorial enfatiza que nem Lula, nem qualquer presidente, têm o direito de limitar o trabalho da imprensa, e que a transparência é uma obrigação de qualquer pessoa que ocupa um cargo público. O jornal destaca que a transparência e a liberdade de imprensa são atributos essenciais do regime democrático, e ir contra eles revela uma postura contrária à liberdade que existe entre aqueles que se autodenominam democratas.
O Estadão afirma que os jornalistas não são gado para serem contidos por grades físicas ou simbólicas, e lembra do incidente em que um dos seguranças do ditador Nicolás Maduro agrediu um jornalista durante sua visita ao Brasil. O jornal avalia que o PT e Lula em particular sempre foram obcecados pela ideia de ter uma imprensa submissa e que o sonho dos petistas é um jornalismo subserviente.
Em suma, o editorial do Estado de S. Paulo critica a postura de Lula em relação à imprensa, destacando sua limitação do trabalho jornalístico e sua aversão à liberdade de imprensa, e ressalta a importância da transparência e da liberdade de imprensa como elementos fundamentais da democracia.
