CNJ investiga juíza que divulgou canal de Allan dos Santos

Política Nacional

O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, instaurou uma reclamação disciplinar contra a juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por suposta “conduta nas redes sociais incompatível com seus deveres funcionais de magistrada”.

No despacho em que determina a apuração contra a magistrada, Salomão cita publicações com “tom depreciativo” sobre decisões do Supremo Tribunal Federal e da Justiça Eleitoral e “aparente tentativa de auxiliar” o jornalista Allan do Santos a “subtrair-se” de ordem da Corte máxima.

O despacho também faz referência a um post em que a magistrada “aparentemente menospreza o cargo que ocupa”, além de suposta participação da juíza em congresso com conotação aparentemente política.

Salomão entendeu que os fatos que chegaram ao conhecimento da Corregedoria eram graves e ganham ainda mais relevância quando se considera que a magistrada tem mais de 300 mil seguidores no Twitter, onde foi publicada parte das postagens questionadas.

Além disso, o corregedor determinou cópia integral do procedimento aberto contra a juíza para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, tendo em vista o “possível envolvimento” da juíza com Allan dos Santos, investigado no inquérito das milícias digitais. Na avaliação do ministro, a suposta ligação pode ser de interesse processual para os fatos examinados no bojo da apuração.

A Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais e a Presidência do Tribunal de Justiça de Minas também foram instadas por Salomão, para que seja investigado “eventual cometimento de crime pela magistrada” em razão de “auxílio a Allan dos Santos na divulgação de novo canal, imediatamente depois de ordem emanada do Supremo de bloqueio de contas, em 22 de outubro de 2021”.

Na manhã desta quarta-feira (21), em resposta a uma matéria da GloboNews, a juíza disse que Allan é seu amigo e elogiou o canal Terça Livre.

*AE

Fonte: Pleno News

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