Moraes nega pedido para tirar do STF ação contra empresários

Política Nacional

Nesta quarta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes negou um pedido para que investigações sobre um grupo de empresários que teria supostamente defendido um golpe de Estado fossem enviadas do Supremo Tribunal Federal (STF) para a Justiça de Brasília. O pedido foi apresentado à Corte pela defesa do empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.

Ao acionar o Supremo, os advogados de Hang haviam apontado que o caso não deveria ser julgado pela Corte por não envolver pessoas com prerrogativa de foro privilegiado.

Moraes, no entanto, apontou que o STF “já assentou a possibilidade da prorrogação de sua competência na hipótese de existência de conexão probatória e presença de indícios apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhantes a investigações em trâmite nesta Corte”.

Além disso, o ministro ressaltou que “ainda que a investigação se encontre em fase inicial, seria absolutamente prematuro proceder ao declínio de competência desta Suprema Corte, ainda mais em momento anterior à análise, pela Polícia Federal, dos elementos colhidos a partir das buscas e quebras de sigilo”.

A operação da Polícia Federal (PF) ocorreu após uma reportagem do site Metrópoles apresentar prints que seriam de conversas de grandes empresários brasileiros em um grupo privado de WhatsApp. De acordo com o colunista Guilherme Amado, entre os empresários presentes no grupo estavam Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, dono da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, dono da marca de surfwear Mormaii.

Moraes autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra oito empresários. Nas mensagens, eles teriam chegado a afirmar que “golpe foi soltar o presidiário” e que os atos marcados para o próximo 7 de Setembro estão sendo programados “para unir o povo e o Exército”. O ministro também atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pelo afastamento dos sigilos bancário e de mensagens.

Fonte: Pleno News

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