Por que a Páscoa é tão perigosa aos cristãos perseguidos?

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A celebração da Páscoa teve início na libertação do povo de Israel do Egito. Esse foi um decreto de Deus de uma comemoração que serviria como memorial para todo o povo. Com a vinda de Cristo, a Páscoa deixou de ser apenas uma celebração judaica e ganhou um novo significado, representando a nossa libertação do pecado por meio da morte de Jesus na cruz e sua ressurreição. Porém, pela data estar carregada de tamanho significado para os cristãos, enquanto a Igreja livre celebra, a Igreja perseguida está sob ameaça de ataque nos países onde há perseguição por causa da fé em Cristo.

Como sabemos, não há um período mais perigoso para os cristãos do que a Páscoa. Quando eles se reúnem para celebrar, se tornam vulneráveis a ataques violentos. Mas assim como a Páscoa nos lembra, tempos de grande sofrimento não são o fim para os cristãos. Mesmo em frente ao caos, destruição e até mesmo morte, a vida com Cristo traz uma nova esperança e nova vida. Com a perseguição sempre é possível um renascimento.

Nos últimos anos, tivemos diversos ataques violentos e fatais contra os cristãos perseguidos. O mais violento e letal ocorreu no dia 21 de abril de 2019, no Sri Lanka, quando 259 pessoas morreram e 500 ficaram feridas. O ataque foi coordenado em três igrejas e três hotéis onde a data era celebrada. O grupo extremista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado que foi causado por sete homens-bomba. Além da ajuda prática para as famílias atingidas pelas explosões, a Portas Abertas, por meio de seus colaboradores, acompanhou, visitou, orou e enviou cartões de encorajamento.

Conheça algumas histórias de ataques contra cristãos, nessa época de Páscoa, que enfrentaram a morte e enfrentam a perseguição diariamente.

Domingo de Ramos, 2021, Indonésia
No Domingo de Ramos, um homem-bomba detonou uma bomba enquanto fieis saíam do culto. Dezenove pessoas morreram. Hugo deixou a igreja apenas cinco minutos antes do ataque.

– Eu ainda não entendo como eu e minha família continuamos vivos até hoje. Eu louvo a Deus por sua proteção. Eu não estaria aqui se ele não me protegesse. Isso é um milagre – ele conta.

Mesmo após o trauma do ataque recente, a igreja indonésia permanece mais firme do que nunca, graças a bondade de Deus e a esperança de que ele está restaurando a nação.

Hugo, sobrevivente de ataque de Páscoa na Indonésia Foto: Portas Abertas

Domingo de Páscoa, 2019, Sri Lanka
Os bombardeios no Sri Lanka foram um dos piores ataques de Páscoa na história. Três igrejas e três hotéis foram alvo enquanto ocorriam cultos de Páscoa. No total, 259 pessoas morreram, muitas delas crianças. Debbie tinha apenas 5 anos quando o ataque aconteceu. Ela perdeu os pais e a visão. Mas mesmo diante da perseguição extrema e das perdas, a menina tem esperança de algo novo que se aproxima.

– Eu acredito que um dia, Jesus voltará, e eu estou tão animada! Ele abrirá meus olhos e eu verei minha família novamente – diz Debbie.

Debbie, sobrevivente do ataque de Páscoa no Sri Lanka Foto: Portas Abertas

Domingo de Ramos, 2017, Egito
No Domingo de Ramos de 2017, extremistas atacaram duas igrejas no norte do Egito. Mais de 40 pessoas perderam a vida e outras 100 ficaram feridas. Mas para um dos sobreviventes, o ataque foi apenas outra oportunidade de espalhar o evangelho.

– Agora, se eu encontrasse a família de um dos que realizou o ataque, a única coisa que perguntaria é: “Vocês conhecem a Jesus?” – fala um sobrevivente do ataque do Domingo de Ramos.

Magid, sobrevivente de ataque de Páscoa no Egito Foto: Portas Abertas

Domingo de Páscoa, 2016, Paquistão
Em 2016, extremistas detonaram uma bomba no parque Lahore enquanto as famílias celebravam a Páscoa juntos. Setenta e cinco pessoas morreram, incluindo 29 crianças. Para uma mãe cristã, esse ataque é um lembrete poderoso de que há nova vida e nova esperança, mesmo após as circunstâncias mais dolorosas.

– Nós celebramos a Páscoa sabendo que a qualquer momento um homem-bomba pode vir e interromper nosso culto, nossa adoração, nossa oração. Então eu penso, “Ele realmente vai ser interrompido? Ou eu participarei totalmente da adoração?” – relata uma mãe e sobrevivente do ataque na Páscoa, no Paquistão.

Domingo de Páscoa, 2015, Quênia
No Domingo de Páscoa de 2015, o grupo extremista, Al-Shabaab, atacou a Universidade de Garissa no Quênia, fazendo com que 147 cristãos perdessem a vida. Reachel participava de um culto quando extremistas atacaram, deixando-a com danos permanentes.

– Pela fé, fui capaz de seguir em frente e entender que Deus está nisso de alguma forma. Mesmo quando estava deitada no chão, naquele dia, e pensei que poderia morrer, eu sabia que Deus salvaria minha alma e que, se isso acontecesse, eu escaparia do sofrimento na terra – conta Reachel.

Embora a experiência de Reachel a tenha deixado com cicatrizes físicas, isso foi capaz de fortalecer sua esperança. Agora, ela usa seu testemunho para encorajar outros na fé.

Fonte: Pleno News

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