Brasil passará a transformar metano em biocombustível

Política Nacional

O governo deve lançar, em 30 dias, o Programa Metano Zero, que vai estimular a transformação do gás de efeito estufa em biocombustível, com auxílio financeiro de bancos públicos. A informação é do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em entrevista na manhã desta quarta-feira (9) à Rádio Nacional.

– O governo federal regulamentou a Política Nacional de Resíduos Sólidos em janeiro. E, agora, estamos preparando o programa de metano. O Brasil tem potencial de geração de biometano, que vem dos resíduos urbanos [aterros sanitários] e rurais, especialmente de aves, suínos, açúcar e álcool – disse Leite no programa Repórter Nacional.

Segundo o ministro, o biocombustível pode substituir o diesel de máquinas pesadas da produção agrícola.

– Nós temos um pré-sal rural, com volume de geração de biometano nas propriedades rurais e nos aterros sanitários – destacou.

Em novembro de 2021, o Brasil aderiu ao compromisso global para a redução das emissões de metano, durante a COP26, em Glasgow, na Escócia. O acordo prevê a redução voluntária de 30% das emissões no mundo.

MERCADO DE CARBONO
Joaquim Leite também afirmou que o governo e o Congresso Nacional vão criar o arcabouço legal e organizar o mercado de carbono no Brasil, com exportação de créditos. No mercado de crédito de carbono regulado, o Brasil poderá reduzir a emissão do gás, com certificação, e exportar o crédito para países que não tenham alcançado a meta.

– O Brasil deve ser o país que mais vai se beneficiar desse mercado por diversas características: o custo de redução de emissão é muito menor que de outros países; vamos criar regras para garantir a qualidade do carbono brasileiro, para ser reconhecido globalmente. E a característica mais importante é que temos diversas fontes – disse.

O ministro do Meio Ambiente também citou como exemplo as fontes de energia renovável e a proteção e recuperação de florestas nativas. Na COP26, Leite anunciou uma nova meta de redução de emissões de gases do efeito estufa.

– Apresentamos hoje uma nova meta climática, mais ambiciosa, passando de 43% para 50% até 2030, e de neutralidade de carbono até 2050, que será formalizada durante a COP26 – disse ele na época.

*Agência Brasil

Fonte: Pleno News

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