Adélio afirmou em carta que local onde está preso é ‘satânico’
Adélio Bispo, o homem que esfaqueou o hoje presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, afirmou, em uma carta escrita em agosto de 2019, que a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde ele está detido até hoje, é um lugar satânico. O conteúdo da correspondência foi divulgado nesta terça-feira (11) pelo portal UOL.
De acordo com o colunista Josmar Jozino, o item, endereçado ao juiz-corregedor da 5ª Vara Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado, trazia um pedido de Adélio para ser transferido para o sistema prisional de Minas Gerais, de preferência para uma unidade de Montes Claros, o que acabou não acontecendo.
Na ocasião, Adélio alegou que possuía várias razões para não querer ficar no presídio federal. Uma delas seria por causa do “maçônico satanismo” na penitenciária de Campo Grande.
Adélio Bispo chegou a escrever ainda que o “prédio foi construído com essa finalidade, projetado maçonicamente, para adoração ao diabo”.
O conteúdo da carta é similar a uma outra correspondência escrita por Adélio dois meses antes, em maio de 2019, endereçada aos seus familiares. No texto, Adélio dizia que a penitenciária federal era “um lugar de maldições”.
– Este presídio aqui é um lugar de maldições, um presídio projetado pela maçonaria, onde o satanismo maçom aqui é terrível – afirmou ele, na época.
Por ser portador de transtorno delirante persistente, o autor da facada no presidente foi considerado inimputável em 14 de junho de 2019 pelo juiz Bruno Savino da Matta, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora.
Recentemente, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) permitiu a reabertura da investigação sobre a facada, cujo objetivo é descobrir se houve mandantes no atentado.
Fonte: Pleno News