Romeu Zema anuncia redução de até 15% em contas de água pela Copasa
Após ser anunciado o alerta de possível crise hídrica pelo Sistema Nacional de Meteorologia para cinco estados brasileiros, entre eles o Estado de Minas Gerais, o governador mineiro, Romeu Zema, filiado ao partido NOVO-MG, anunciou em seu instagram que cidades de Minas terão redução de até 15% na conta de água a partir do dia 1 de agosto. De acordo com Zema, as cidades que entrarão no processo de redução do custo da água, são as atendidas pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
Sobre o alerta de possível crise hídrica, outros impactos da diminuição de chuvas e, consequentemente, reservatórios de água, é o aumento imediato no preço dos alimentos, por conta dos sistemas de irrigação que encarecem com a redução natural das águas, e o aumento da conta de energia elétrica que encarece caso haja a necessidade de racionamento. A tendência pelo aumento na conta de energia elétrica, no alerta de crise hídrica, é embasada por análises dos órgãos oficiais do governo federal, Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), órgãos federais ligados à meteorologia, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), conforme divulgado pelo Estado de Minas.
Contudo, não foi divulgado pelo governador mineiro como será tratada a harmonização dos fenômenos que “startam” as formações dos preços de energia elétrica, água e alimentícios, para determinar a redução de até 15% no valor final da conta de água. No entanto, caso a redução de até 15% se concretize sem influenciar as outras duas grandezas (energia e alimentos), com certeza a medida trará mais alívio para os salários dos mineiros, sobretudo para as rendas iguais ou inferiores a 1 salário mínimo. Porém, se for pelo outro ângulo, ou seja, se as pastas governamentais não cruzarem os dados para analisarem potenciais choques entre as operações individuais e se a crise hídrica atingir em cheio Minas Gerais, em breve teremos um novo “Deus nos acuda” em cada uma das pastas, pois, os preços dos alimentos e da conta de energia elétrica poderão subir além do anunciado/esperado nos alertas, e os da conta de água em seguida, pelos desdobramentos naturais da escassez de água.
Há a ideia de que a redução de até 15% seja advinda de readequações em elementos como logística, mão de obra e redistribuição de tributos, sendo que, para este último, na prática não se trataria de redução de impostos, mas sim de realocação deles, e a questão neste campo hipotético é apenas uma: quem (indústria, comércio, cidadãos) virá a pagar pelos 15% então realocados? A assessoria do governo foi procurada pelo site Partido Brasil, mas até a data deste post não obtivemos retorno.