Cai a “máscara” de mais uma traidora…

Durante uma viagem aos Estados Unidos, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) voltou ao centro de controvérsias após ser registrada em um encontro com o lobista Silvio Assis, personagem conhecido nos bastidores de Brasília por envolvimento em investigações e denúncias de corrupção. As imagens reacenderam questionamentos sobre a proximidade entre ambos, especialmente diante do papel recente da parlamentar como relatora da CPI das Bets no Senado.

Soraya e Silvio Assis foram vistos juntos em Orlando, na Flórida, em um contexto de lazer e consumo de alto padrão. O episódio ocorreu na noite de sexta-feira (26/12), dentro da loja da grife francesa Louis Vuitton no The Mall at Millenia, um dos shoppings mais luxuosos da cidade. Vídeos divulgados pelo portal Metrópoles mostram a senadora e o lobista circulando pela loja com taças de espumante. Em uma das gravações, Soraya aparece próxima aos provadores, elogiando uma peça de roupa experimentada por Assis.

A repercussão das imagens vai além do ambiente sofisticado em que foram feitas. O foco principal recai sobre o histórico de Silvio Assis, que já foi alvo de investigações da Polícia Federal. Em 2018, ele chegou a ser preso após interceptações telefônicas, autorizadas pela Justiça, apontarem negociações para o pagamento de cerca de R$ 3,2 milhões em propina com o objetivo de facilitar a liberação de registros sindicais no então Ministério do Trabalho.

Nos anos seguintes, o nome do lobista voltou a surgir em outros episódios controversos. Entre eles, suspeitas de pedidos de vantagem indevida durante negociações para a compra de vacinas contra a Covid-19 e acusações de extorsão envolvendo empresários do setor de apostas on-line — justamente o segmento investigado pela CPI das Bets, relatada por Soraya Thronicke.

A ligação entre a senadora e Silvio Assis já havia sido exposta anteriormente. Em dezembro de 2024, reportagem da revista Veja revelou que a irmã e o genro do lobista ocupavam cargos de assessoria no gabinete da parlamentar no Senado. A revelação ganhou ampla repercussão durante os trabalhos da CPI e levantou dúvidas sobre possíveis conflitos de interesse e sobre a independência da relatoria.

O episódio em Orlando volta a colocar Soraya Thronicke sob os holofotes, intensificando críticas de adversários políticos e ampliando o debate sobre a relação entre parlamentares, lobistas e os limites éticos no exercício de funções públicas, especialmente em investigações sensíveis conduzidas pelo Congresso Nacional.

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Bruno Rigacci

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