Hugo Studart defende sigilo da fonte e critica ataques a garantia constitucional do jornalismo
O jornalista Hugo Studart, profissional com longa e reconhecida trajetória nas principais redações do país e vencedor de diversos prêmios jornalísticos, interrompeu temporariamente sua aposentadoria para se manifestar publicamente em defesa do sigilo da fonte, direito assegurado aos jornalistas pela Constituição Federal.
Em texto divulgado nas redes sociais, Studart afirmou que o sigilo da fonte é uma cláusula pétrea, prevista no Artigo 5º da Constituição, e criticou duramente iniciativas e discursos que, segundo ele, tentam relativizar essa garantia em nome do chamado “Estado Democrático de Direito”.
“O sigilo da fonte é um direito dos jornalistas assegurado pelo Artigo 5º da Carta Magna, cláusula pétrea, aliás”, escreveu.
O jornalista ressaltou que a proteção à fonte não é uma inovação recente e destacou que, mesmo durante o período da ditadura militar, essa prerrogativa foi formalmente respeitada.
“O mesmo sigilo era garantido pela Lei de Imprensa da ditadura militar. Esclareço que nem mesmo no período mais duro da ditadura os generais violaram esse direito”, afirmou.
Studart também fez críticas contundentes ao que classificou como uma campanha ideológica para enfraquecer essa garantia constitucional. Em tom duro, afirmou que há uma tentativa de “violar uma cláusula pétrea” para proteger interesses específicos, mencionando valores milionários envolvidos em disputas judiciais.
“Causa espanto essa campanha esquerdofrênica de estuprar uma cláusula pétrea, em nome do tal ‘Estado Democrático de Direito’, para que um psicopata e sua mulher tenham o direito de ganhar 129 milhões sem que sejam importunados”, declarou.
A manifestação reacendeu o debate sobre os limites da atuação do Judiciário, a liberdade de imprensa e a proteção constitucional ao exercício do jornalismo. Especialistas em direito constitucional frequentemente destacam que o sigilo da fonte é considerado um dos pilares da imprensa livre, justamente por garantir a apuração de fatos de interesse público sem risco de retaliação às fontes.
Até o momento, não houve manifestação oficial das pessoas ou instituições citadas indiretamente nas declarações do jornalista.





