Finalmente, Lewandowski pede pra sair
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, deve deixar o governo no início de 2026, segundo avaliações que circulam nos bastidores de Brasília. Interlocutores do próprio governo e críticos da gestão avaliam que o desempenho do ministro à frente da pasta acompanha as dificuldades enfrentadas pela administração federal na área de segurança pública.
Para esse grupo, a eventual saída de Lewandowski abriria espaço para uma reformulação ministerial com objetivos eleitorais. A aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo essas análises, seria a criação de um novo Ministério da Segurança Pública, separado da Justiça, como forma de sinalizar prioridade ao tema e tentar capitalizar politicamente o debate em ano pré-eleitoral.
A gestão de Lewandowski tem sido alvo frequente de críticas, especialmente após declarações consideradas controversas. Uma das frases que mais repercutiram foi dita durante sua passagem pelo comando da pasta:
“Há limites para tudo, não há nenhum direito absoluto… nem o direito à vida.”
A declaração foi amplamente criticada por juristas, parlamentares e setores da sociedade civil, que consideraram a fala inadequada para um ministro responsável por políticas de Justiça e Segurança Pública.
Lewandowski assumiu o ministério após se aposentar do Supremo Tribunal Federal (STF). Antes de integrar o governo Lula, ele atuou como advogado e prestou serviços ao empresário Daniel Vorcaro, do Banco Master — fato que também gerou questionamentos e críticas de opositores à época de sua nomeação.
Até o momento, nem o Palácio do Planalto nem o próprio ministro confirmaram oficialmente a possibilidade de saída ou a criação de uma nova pasta. Nos bastidores, porém, a avaliação é de que mudanças na estrutura do governo devem ganhar força à medida que 2026 se aproxima.





