URGENTE: Toffoli age no caso Banco Master e determina acareação

Novas informações surgidas nesta semana indicam um avanço significativo nas investigações envolvendo o Banco Master. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização de uma acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.

Os depoimentos estão marcados para a próxima terça-feira, dia 30, e ocorrerão no âmbito do inquérito que apura suspeitas de irregularidades envolvendo o Banco Master. A medida busca confrontar versões divergentes apresentadas pelos investigados e por representantes das instituições envolvidas.

Segundo informou o jornal O Globo, o objetivo central da acareação é esclarecer os fatos relacionados à tentativa de compra do Banco Master pelo BRB, operação que acabou sendo vetada pelo Banco Central. A divergência de narrativas sobre os motivos do veto e as circunstâncias da negociação está no centro da apuração.

Diligências ampliadas

Há cerca de dez dias, o ministro Dias Toffoli já havia determinado a realização imediata de diligências preliminares no inquérito. A decisão estabeleceu um prazo inicial de 30 dias para que a Polícia Federal colha depoimentos dos investigados, mediante apresentação de documentos, além de ouvir dirigentes do Banco Central sobre questões relacionadas às atividades da instituição e possíveis desdobramentos em outras empresas do setor financeiro.

O despacho também autoriza o delegado responsável pelo caso a requisitar informações de órgãos públicos e empresas privadas, bem como a apresentar pedidos individualizados de quebra de sigilos telefônico, telemático, fiscal ou de correspondência, desde que devidamente fundamentados.

As oitivas poderão ocorrer tanto por videoconferência quanto de forma presencial no STF, com gravação integral e acompanhamento de magistrados auxiliares do gabinete do relator.

Participação da PGR e da Polícia Federal

Toffoli determinou ainda que seja oficiado ao Procurador-Geral da República, para que indique um subprocurador responsável por acompanhar as diligências, além de comunicar formalmente a decisão ao diretor-geral da Polícia Federal, reforçando o caráter institucional e a amplitude da investigação.

Origem do inquérito

O caso do Banco Master ganhou grande repercussão após a deflagração da Operação Compliance Zero, que apura um suposto esquema de emissão e negociação de títulos de crédito sem lastro, conhecidos no mercado como “títulos podres”. Esses papéis teriam sido vendidos a diversas instituições financeiras, incluindo o próprio BRB.

O inquérito chegou ao Supremo Tribunal Federal após documentos apreendidos mencionarem um deputado federal, o que atraiu a competência da Corte em razão do foro por prerrogativa de função. Com isso, as investigações ficaram temporariamente paralisadas até que Dias Toffoli assumisse a relatoria e determinasse a retomada das apurações.

Avanço decisivo

A realização da acareação é vista como um passo decisivo para esclarecer contradições centrais do caso e definir responsabilidades. O confronto direto entre os principais envolvidos pode fornecer elementos-chave para o avanço das investigações e para eventuais desdobramentos no sistema financeiro e no âmbito político.

Com a retomada firme do inquérito, o caso Banco Master entra em uma nova fase, marcada por maior rigor investigativo e atenção pública, em um cenário de crescente cobrança por transparência e responsabilização institucional.

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Bruno Rigacci

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