Nikolas detona Moraes após ministro dar 24h para Bolsonaro explicar uso de celular

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresente esclarecimentos formais sobre o episódio envolvendo o uso de um telefone celular pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) durante visita realizada na manhã de sexta-feira (22). Naquele período, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar por decisão da Corte.

A intimação foi expedida após imagens exibidas pela TV Globo mostrarem o parlamentar utilizando o aparelho na varanda da residência do ex-presidente, em área próxima a ele. A presença do celular, mesmo sob posse exclusiva do deputado, levantou dúvidas sobre eventual descumprimento indireto das restrições impostas a Bolsonaro — que está proibido de usar ou ter acesso a dispositivos eletrônicos.

STF quer saber se houve compartilhamento do aparelho

No despacho, Moraes solicita que a defesa esclareça se houve entrega, empréstimo ou qualquer forma de compartilhamento do telefone durante a visita. O ministro ainda pede que seja informado se Bolsonaro teve contato com a tela, viu mensagens ou utilizou o aparelho por meio do deputado.

Moraes recordou que a visita havia sido autorizada previamente, com a ressalva de que todas as determinações judiciais deveriam ser plenamente respeitadas.

Nikolas reage nas redes sociais e critica decisão

Poucas horas após a divulgação da intimação, Nikolas Ferreira se pronunciou no X (antigo Twitter). Em tom crítico, o parlamentar afirmou que sua visita ocorreu “dentro da normalidade” e negou qualquer uso do celular que pudesse violar as regras impostas ao ex-presidente.

Ele escreveu:

“A visita ao presidente Bolsonaro ocorreu dentro da normalidade da minha atividade parlamentar.
Meu celular estava comigo para uso pessoal e não foi usado para comunicação externa. Não recebi orientação sobre proibição do aparelho.
As proibições dizem muito sobre o estado do país.
Além de que criminosos usam celular na cadeia para comandar facções inteiras e ninguém da Suprema Corte dá 24h pra explicar nada.
Mas celular de visita agora vira caso de ‘gravidade institucional’. Não é justiça, é teatro pra intimidar. Patético.”

A publicação foi amplamente repercutida entre apoiadores do ex-presidente.

Defesa deverá responder ao STF

Com a determinação, os advogados de Bolsonaro terão prazo para apresentar a versão oficial sobre o episódio. Após análise das explicações, Moraes poderá decidir se há indícios de descumprimento das regras da prisão domiciliar e se medidas adicionais serão aplicadas.

O episódio adiciona mais um capítulo ao processo de fiscalização das condições impostas pelo STF ao ex-presidente, que segue sob monitoramento constante das autoridades.

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Bruno Rigacci

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