Ramagem tem “cilada” pronta para o ministro Alexandre de Moraes (veja o vídeo)

A fuga do deputado federal Alexandre Ramagem — que deixou o país após ser condenado pela Justiça brasileira — abriu um novo capítulo na crise política envolvendo o parlamentar e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Aliados de Ramagem afirmam que sua saída do Brasil é estratégica e está diretamente relacionada à expectativa de que Moraes peça sua extradição aos Estados Unidos.

Expectativa de pedido de extradição

Segundo parlamentares próximos ao deputado, Moraes deve usar a condenação já imposta pela Justiça brasileira como base jurídica para solicitar formalmente que os Estados Unidos entreguem Ramagem ao Brasil. O ministro teria, segundo esses interlocutores, respaldo nos tratados de extradição vigentes entre os dois países.

No entanto, aliados do deputado apontam para um desdobramento relevante: para que o pedido seja analisado pelo governo norte-americano, o Brasil precisaria enviar o processo completo que envolve as acusações contra Ramagem — incluindo documentos relativos ao caso conhecido como “processo do golpe”.

O que Ramagem disse

Em entrevista ao programa “4 por 4”, Ramagem argumentou que a íntegra do processo precisaria ser compartilhada com as autoridades americanas, o que, segundo ele, poderia expor fragilidades nas acusações levantadas no Brasil. O deputado sustenta que, ao analisar o conteúdo total, os EUA poderiam considerar insuficientes as provas que embasam sua condenação.

Ele afirma ainda que sua ida ao exterior não configura fuga, mas sim uma “estratégia de proteção jurídica” diante do que descreve como perseguição política. As declarações, porém, não têm confirmação externa e representam exclusivamente a versão do parlamentar.

Implicações diplomáticas

Especialistas consultados no Congresso avaliam que um eventual pedido de extradição colocaria o governo brasileiro em posição delicada. Isso porque a apresentação integral do processo, incluindo documentos internos e peças sigilosas, poderia gerar repercussão internacional e aprofundar o debate sobre a independência das instituições brasileiras.

Por outro lado, integrantes da base governista afirmam que o Brasil não teria alternativa caso a extradição seja solicitada, já que tratados internacionais exigem a remessa de documentação completa para análise de mérito.

Clima político em ebulição

Enquanto o governo monitora a situação, oposicionistas veem no caso um elemento capaz de aumentar o desgaste entre Congresso e Judiciário. A possível extradição de Ramagem já provoca articulações internas e discussões sobre os limites de atuação do STF em conflitos políticos de alta relevância.

O desfecho dependerá de três fatores principais:

  1. A formalização do pedido de Moraes, caso confirmada;

  2. A decisão do governo brasileiro sobre o conteúdo a ser enviado aos EUA;

  3. A análise final das autoridades americanas, que podem ou não acatar o pedido.

Por ora, o caso segue em aberto — e com potencial para gerar repercussões jurídicas, diplomáticas e políticas de grande alcance.

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Bruno Rigacci

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