Ramagem fala pela 1ª vez sobre a “fuga” e faz uma importante revelação

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou neste domingo (23), durante transmissão ao vivo, que deixou o Brasil em setembro para evitar ser preso após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar foi sentenciado a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão, em regime inicial fechado, por sua suposta participação no chamado “núcleo 1” da tentativa de golpe de Estado investigada pela Corte.

Apesar de estar proibido de deixar o país, Ramagem afirmou que a fuga foi, segundo ele, inevitável:

“É lógico que eu não ia ficar no Brasil, com as minhas filhas me vendo ser preso sem ter cometido crime nenhum e sofrendo diante de uma ditadura.”

“Anuência do governo americano”

Na transmissão, o deputado revelou que está atualmente nos Estados Unidos, onde, segundo ele, se encontra com a “anuência do governo americano”. A afirmação, caso confirmada, tornaria extremamente improvável qualquer tentativa de extradição.

Ramagem disse ainda que está “seguro” no país e que não pretende retornar ao Brasil enquanto entender que não há garantias jurídicas.

Autoridades americanas não comentaram, até o momento, a declaração do parlamentar.

Prisão preventiva decretada pelo STF

Na sexta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, determinou a prisão preventiva do deputado, alegando risco à aplicação da lei penal e possibilidade de fuga — o que se confirmou com a transmissão feita por Ramagem.

A Polícia Federal já havia comunicado ao STF que o parlamentar não se apresentou espontaneamente após sua condenação e que não havia sido localizado em nenhum dos endereços oficiais fornecidos.

Contexto do caso

A condenação de Ramagem integra o conjunto de ações penais sobre a suposta tentativa de golpe atribuída a figuras políticas, militares e civis ligados ao governo Bolsonaro. A pena imposta ao deputado é uma das mais altas entre os condenados no bloco investigado como “núcleo operacional”.

A defesa de Ramagem alega perseguição política e afirma que recorrerá da sentença.

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Bruno Rigacci

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