Bolsonaro disse a agentes que usou solda para abrir tornozeleira; Cime relata marcas de queimadura em documento enviado a Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a agentes de segurança que utilizou solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica que usava em Brasília. A informação consta em documento enviado pelo Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o relatório, o equipamento apresentava marcas de queimadura ao redor de toda a circunferência, especialmente na área do fecho, o que indicaria possível tentativa de violação. O material foi encaminhado ao STF ainda na madrugada deste sábado (22).

Confissão aos agentes

De acordo com o relato, Bolsonaro inicialmente disse que havia batido o dispositivo na escada. Minutos depois, porém, ao ser confrontado pela equipe de escolta, o ex-presidente teria admitido que utilizou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira, afirmando que o fez por “curiosidade”.

Imagens mostram dano no equipamento

As imagens citadas no documento mostram:

  • áreas escurecidas e com aparência de queimadura ao longo do corpo do dispositivo;

  • danos concentrados na região do encaixe e do mecanismo de fechamento;

  • sinais de alteração térmica compatíveis com uso de ferramenta aquecida.

Vídeo do ex-presidente

Bolsonaro também aparece em vídeo — divulgado por veículos de imprensa — comentando o incidente e afirmando que tentou abrir o equipamento “por curiosidade”.

Equipamento foi substituído

Após a constatação do dano, agentes realizaram a troca imediata da tornozeleira ainda na madrugada. Horas depois, Bolsonaro teve sua prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes, que citou o episódio como um dos elementos que fundamentaram a decisão.

Contexto da investigação

A suposta violação do equipamento se soma a outros indícios mencionados pelo ministro para justificar a prisão preventiva. A defesa do ex-presidente nega irregularidades e afirma que não houve tentativa de fuga ou de burlar o monitoramento eletrônico.

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Bruno Rigacci

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