Abalo sísmico causa destruição e deixa mortos e feridos

Um terremoto de magnitude 5,7 atingiu Bangladesh na manhã desta sexta-feira (21), provocando mortes, feridos e danos estruturais em diversas regiões do país. O tremor, registrado às 10h38 no horário local, foi um dos mais fortes sentidos recentemente no território bengalês.

Segundo autoridades locais, ao menos cinco pessoas morreram e cerca de cem ficaram feridas. Entre as vítimas fatais, três perderam a vida após o desabamento do corrimão de um edifício de seis andares, que cedeu com a intensidade das vibrações — um episódio que evidencia a vulnerabilidade de construções antigas em áreas densamente povoadas.

Regiões afetadas e danos estruturais

O epicentro foi identificado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) na cidade de Narsingdi, cerca de 40 quilômetros a leste de Daca, a capital e uma das maiores metrópoles da Ásia.

O tremor foi sentido fortemente em Daca, onde moradores relataram rachaduras, fachadas danificadas e evacuações de prédios residenciais, comerciais e universitários. Vídeos gravados por moradores mostram paredes trincadas, destroços espalhados e pessoas deixando os prédios às pressas.

Suman Rahman, morador da capital, descreveu a cena em entrevista:
“Sentimos um forte tremor, e os prédios balançavam como árvores. As escadas ficaram lotadas quando todos desciam correndo. Todo mundo ficou apavorado, as crianças choravam.”

Impacto em países vizinhos

O terremoto também foi sentido em regiões do leste da Índia, que fazem fronteira com Bangladesh. Até o momento, autoridades indianas informaram que não há registros significativos de danos ou vítimas — algo comum em tremores de baixa profundidade que se propagam por áreas adjacentes, mas nem sempre provocam estragos de grande escala.

Resposta das autoridades

O presidente interino Muhammad Yunus confirmou oficialmente as mortes em uma publicação feita no X (antigo Twitter) às 5h38, no horário de Brasília. O governo reforçou o envio de equipes de resgate e saúde para as áreas afetadas.

Yunus pediu calma à população e alertou para os riscos de desinformação durante o período de crise:
“Todos estão orientados a permanecer atentos e não dar ouvidos a boatos nem a informações falsas.”

Ele destacou ainda que entre os feridos há estudantes da Universidade de Daca, trabalhadores de fábricas em Gazipur e moradores do próprio distrito de Narsingdi, próximo ao epicentro.

Avaliação dos danos continua

Equipes de defesa civil e engenheiros estruturais trabalham na inspeção de edifícios potencialmente comprometidos, enquanto hospitais da região permanecem em alerta para o atendimento de feridos adicionais.

As autoridades informaram que o número de vítimas pode aumentar à medida que novas áreas são avaliadas.

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Bruno Rigacci

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