Advogado de Ramagem finalmente se manifesta

O advogado Paulo Cintra, representante do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), afirmou que não foi informado previamente sobre a viagem do parlamentar aos Estados Unidos. Ramagem, que estava submetido a medidas cautelares que proibiam sua saída do país, foi localizado em Miami, ao lado da esposa, o que motivou a apresentação de pedidos de prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Diante das solicitações feitas pela Procuradoria-Geral da República e pela Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva do deputado, sob o argumento de “risco de fuga”.

Defesa evita comentários

Em breve nota, Paulo Cintra afirmou:

“Como a decisão do deputado de se ausentar do país só foi comunicada à defesa técnica nesta semana, seu advogado não se manifestará, por ora, sobre o fato e seus desdobramentos.”

Segundo ele, a defesa adotará postura cautelosa até que todos os elementos processuais sejam analisados e que Ramagem possa se posicionar formalmente nos autos.

PF investiga rota de saída

Paralelamente, a Polícia Federal conduz uma investigação para reconstruir o trajeto utilizado pelo deputado ao deixar o Brasil. Informações preliminares indicam que Ramagem não está no país desde setembro.

Segundo investigadores, ele teria viajado inicialmente para Boa Vista (RR). A PF apura se o deslocamento rumo ao exterior se deu por meio da Venezuela ou da Guiana Francesa, ambas fronteiriças à capital roraimense, antes de seguir para os Estados Unidos.

A corporação também realiza diligências para identificar eventuais facilitadores, irregularidades migratórias e circunstâncias que permitiram a saída do deputado sem comunicação ao Judiciário.

Contexto processual

Ramagem é investigado em inquéritos que apuram suspeitas de atuação em estruturas paralelas de inteligência e suposta interferência política no aparato de segurança pública durante o governo anterior. As medidas cautelares impostas anteriormente restringiam sua locomoção e obrigavam a comunicação prévia sobre qualquer deslocamento internacional.

Com a decretação da prisão preventiva, o parlamentar poderá ser detido ao retornar ao Brasil, ou eventualmente ter sua extradição solicitada às autoridades norte-americanas, a depender das próximas decisões judiciais.

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Bruno Rigacci

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