Trump afirma que Suprema Corte autorizou uso de lei de 1798 para acelerar deportações; declaração gera controvérsia

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump publicou, nesta semana, uma mensagem em suas redes sociais afirmando que a Suprema Corte teria autorizado, por 5 votos a 4, o uso da Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798, para endurecer ações de deportação contra imigrantes ligados ao grupo criminoso conhecido como Tren de Aragua.

Na postagem, Trump descreveu a decisão como “equivalente a um botão nuclear em matéria de imigração”, sugerindo que o precedente permitiria deportações aceleradas, sem intervenção judicial e sem possibilidade de apelação.

Segundo ele, a decisão possibilitaria:

  • prisões e deportações sem revisão de juízes federais;

  • eliminação de recursos prolongados;

  • remoção imediata de acusados;

  • transferência de integrantes de gangues venezuelanas para prisões fora do território norte-americano.

Trump afirmou ainda que o julgamento representaria uma “restauração histórica da autoridade de imigração em tempos de guerra” e atacou críticos da medida, dizendo que “globalistas defensores de fronteiras abertas” estariam “em pânico”.

Contexto e repercussão

A Lei de Inimigos Estrangeiros, parte do conjunto das chamadas Alien and Sedition Acts de 1798, permite que o governo adote medidas extraordinárias contra cidadãos estrangeiros de países considerados hostis em cenários de guerra ou ameaça externa.

Especialistas em direito constitucional, porém, têm contestado o uso da legislação em contexto de imigração comum, argumentando que a lei foi criada para situações específicas de conflito armado, não para políticas migratórias de rotina.

Juristas e organizações de direitos civis também criticaram a interpretação apresentada por Trump, alertando para o risco de violações ao devido processo legal garantido pela Constituição dos EUA.

Decisão ainda não foi detalhada pela Suprema Corte

Até o momento, a Suprema Corte não divulgou oficialmente decisão pública em seus canais institucionais com o teor descrito por Trump, nem há documentação judicial confirmando a exata extensão das medidas aprovadas.

A ausência de detalhes sobre o caso e o impacto jurídico da decisão provocou debates entre analistas, legisladores e entidades de direitos humanos, que aguardam esclarecimentos da Corte ou do Departamento de Justiça.

Debate político deve se intensificar

A declaração de Trump ocorre em meio ao debate nacional sobre segurança de fronteiras e políticas imigratórias, um dos temas centrais da política norte-americana. Caso a decisão mencionada pelo ex-presidente seja confirmada com o alcance descrito, ela poderá alterar significativamente a forma como o governo federal lida com casos de deportação em larga escala.

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Bruno Rigacci

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