Comitê Consultivo do Banco Master reúne figuras de destaque; permanência após denúncias gera críticas

O chamado Comitê Consultivo e Estratégico do Banco Master — estrutura formada para assessorar a instituição — contou com nomes de grande relevância no cenário jurídico e econômico brasileiro. Entre os integrantes estavam:

  • Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do STF e atual ministro da Justiça e Segurança Pública;

  • Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central nos governos Lula e Temer;

  • Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda;

  • Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

A composição do grupo voltou ao debate público após a prisão do controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, investigado por supostas fraudes contra o sistema financeiro nacional. Até o momento, não há acusações formais contra nenhum dos membros do comitê.

Críticas e questionamentos

O jornalista Cláudio Dantas comentou a situação afirmando que a permanência dos membros no colegiado, mesmo após reportagens que apontavam inconsistências no balanço da instituição, levanta questionamentos.

Segundo ele:

“É difícil compreender como um esquema de fraude desse tamanho tenha passado nas barbas de tantos notáveis. Mais difícil é entender como todos permaneceram no colegiado, recebendo gordos jetons, mesmo após as denúncias da imprensa sobre inconsistências no balanço da instituição.”

As declarações repercutiram nas redes sociais e impulsionaram pedidos de setores da sociedade para que o funcionamento do comitê e seus integrantes sejam incluídos nas investigações em andamento — reivindicação que, até o momento, não recebeu resposta oficial das autoridades nem dos envolvidos.

Situação atual

A investigação que envolve o Banco Master segue sob responsabilidade da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. O TRF-1 manteve a prisão de Vorcaro nesta semana, argumentando que a medida é necessária para a garantia da ordem pública e econômica.

Nenhum dos integrantes do comitê foi alvo de medidas judiciais, denúncias ou acusações formais relacionadas ao caso até agora.

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Bruno Rigacci

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