Glauber Braga do PSOL questiona Hugo Motta sobre “arma” de Derrite e gera clima estranho na Câmara

A votação do PL Antifacção na Câmara dos Deputados, já marcada por debates acalorados, ganhou um novo elemento de tensão quando o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) levantou uma questão de ordem sobre a possibilidade de um parlamentar estar armado dentro do plenário.

Durante a sessão, Braga perguntou diretamente à Mesa Diretora:

“Eu queria perguntar se existe alguma autorização especial da Mesa Diretora para que algum parlamentar possa estar armado com arma de fogo no plenário. E, se não existe essa autorização, qual é a consequência de um deputado, ainda que seja agente de segurança ou secretário de Segurança, estar armado no plenário da Câmara. Se isso configura uma ação ilegal.”

A intervenção foi interpretada como uma alusão ao deputado Guilherme Derrite (PL-SP), secretário da Segurança Pública de São Paulo no governo passado, segundo confirmaram integrantes da bancada do PSOL. O clima no plenário ficou imediatamente mais tenso, e parlamentares de vários partidos reagiram à insinuação.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), respondeu de forma objetiva: não é permitido que deputados estejam armados no plenário, independentemente de exerçam ou não função ligada à segurança pública.

Logo após o questionamento, Derrite se manifestou. O deputado negou estar armado e afirmou que conhece bem o regimento por ter sido parlamentar anteriormente:

“Eu não estava armado. Sei que isso é proibido e respeito as normas da Casa.”

Com a declaração, a suspeita ventilada por Braga não se confirmou, encerrando o episódio — embora tenha reforçado o clima de confronto que marcou a votação do PL Antifacção.

O episódio virou comentário nos bastidores, com parlamentares afirmando que o psolista “atirou no escuro” ao levantar a suspeita sem evidências. Para aliados de Derrite, a acusação teria sido precipitada; para integrantes da oposição, a pergunta cumpriu seu papel ao esclarecer publicamente um ponto sensível durante uma votação de alta tensão.

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Bruno Rigacci

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