Críticos acusam Soraya Thronicke de romper com base bolsonarista e se afastar do conservadorismo

A senadora Soraya Thronicke (MS), eleita em 2018 após se apresentar como representante da direita, voltou a ser alvo de críticas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acusam a parlamentar de ter rompido com o grupo político que a impulsionou ao Senado.

Desde o início de seu mandato, Soraya protagonizou atritos públicos com Bolsonaro e, posteriormente, com parte do eleitorado bolsonarista. Críticos afirmam que a senadora “abandonou o discurso conservador” que teria marcado sua campanha.

Pedido de investigação gera novas reações

A mais recente controvérsia envolve o pedido de Soraya para que advogados de réus do 8 de janeiro sejam investigados — movimento que parte da ala bolsonarista comparou ao estilo de atuação do ex-senador Lindbergh Farias.

Para esses críticos, a iniciativa reforça a percepção de que a senadora estaria cada vez mais afastada de pautas identificadas com a direita. Soraya, porém, afirma que atua de forma independente e que não segue automaticamente nenhuma liderança política.

Críticas sobre coerência ideológica

Entre apoiadores de Bolsonaro, a avaliação recorrente é que Soraya teria utilizado o discurso conservador apenas durante a campanha, adotando posições distintas após assumir o mandato. Comentários nas redes sociais acusam a senadora de “trair o eleitorado” e de “aliar-se a adversários políticos”.

Especialistas lembram, porém, que parlamentares não são obrigados a seguir integralmente as agendas de grupos específicos e que mudanças de alinhamento são frequentes no Congresso.

Futuro político incerto

Críticos mais duros afirmam que Soraya teria poucas chances de se reeleger ou de conquistar outro cargo eletivo, argumentando que sua base original teria se desfeito. Analistas políticos, contudo, avaliam que o cenário eleitoral ainda está distante e que o desempenho futuro de qualquer parlamentar depende de diversos fatores, como alianças, visibilidade, projetos apresentados e conjuntura nacional.

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Bruno Rigacci

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