Mark Zuckerberg corta quase 4 mil funcionários da Meta de uma só vez

A Meta demitiu cerca de 4 mil colaboradores nesta segunda-feira (10), em mais uma rodada de cortes que marca a ampla reestruturação conduzida pela empresa de Mark Zuckerberg. As dispensas, efetuadas por e-mail e distribuídas por escritórios de diversos países, fazem parte do reposicionamento estratégico que o CEO descreveu como preparação para um “ano intenso” em 2025. Até o momento, não há confirmação sobre impactos diretos no time brasileiro.

Segundo um memorando interno citado pela Reuters, as demissões foram classificadas como cortes por performance e começaram por volta das 10h (horário de Brasília). Funcionários atingidos perderam acesso aos sistemas corporativos em até uma hora após receberem a notificação. Por ora, colaboradores da União Europeia não devem ser afetados, devido às legislações trabalhistas mais rigorosas do bloco.

Mudanças estruturais e críticas internas

A situação ocorre em meio a mudanças profundas na operação da empresa. Recentes reportagens apontam que a Meta desfez equipes de checagem de conteúdo no Facebook, justificando a decisão como parte de um alinhamento a princípios de “liberdade de expressão”. A alteração provocou críticas de especialistas e reacendeu debates sobre desinformação nas plataformas.

A reestruturação ganhou ainda mais força após o vazamento, na semana passada, de trechos de uma reunião interna em que Zuckerberg afirmou que 2025 exigiria maior esforço e resiliência dos times — e disse que os responsáveis pelo vazamento seriam desligados. O CEO já havia antecipado que demissões por desempenho ocorreria a partir de fevereiro, dando o tom do processo em curso.

Será um ano intenso, então apertem os cintos. Temos muito a fazer e estou animado com isso”, declarou Zuckerberg no encontro interno, reforçando a cobrança por produtividade elevada.

Foco em IA e contratações qualificadas

Apesar dos cortes, a Meta planeja abrir novas vagas altamente qualificadas, principalmente voltadas a profissionais de machine learning e áreas ligadas ao desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial. Outro memorando citado pela Reuters aponta que a empresa iniciará processos seletivos específicos para reforçar times estratégicos.

Zuckerberg afirmou que o objetivo é concentrar recursos em “desenvolver algumas das tecnologias mais importantes do mundo”, incluindo:

  • sistemas avançados de IA,

  • óculos inteligentes como nova plataforma de computação,

  • e o redesenho do futuro das redes sociais.

A empresa ainda não comentou se escritórios brasileiros serão atingidos pela nova onda de cortes, deixando funcionários e analistas em expectativa sobre os próximos movimentos.

A reestruturação da Meta confirma um cenário de pressão crescente por eficiência e foco tecnológico — enquanto o setor de tecnologia como um todo se ajusta ao novo ciclo marcado por IA generativa e automação avançada.

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Bruno Rigacci

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