A “bofetada” de Luiz Fux…
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (11) que sua decisão de transferir-se da Primeira para a Segunda Turma da Corte está motivada por sua admiração pela tutela das liberdades, em especial pela liberdade de expressão.
Durante a sessão plenária, Fux destacou o papel da Segunda Turma na consolidação de entendimentos ligados à defesa das garantias individuais.
“Eu sempre destaco que um dos grandes elementos no relacionamento humano é a admiração.
Então, eu fiz o pedido de transferência para a Segunda Turma exatamente por admirar as inovações, a jurisprudência e, acima de tudo, a tutela das liberdades em geral, inclusive a liberdade de expressão.
E dizer sobre essa importância que Vossas Excelências dão a esses precedentes”, afirmou o ministro.
A Segunda Turma do STF é atualmente composta por Gilmar Mendes, André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli. O grupo é conhecido por decisões de forte repercussão política e por interpretações consideradas mais garantistas — especialmente em temas ligados à liberdade individual e à revisão de condenações criminais.
A fala de Fux foi interpretada nos bastidores como um gesto simbólico e até como um recado político, já que a menção enfática à “liberdade de expressão” ocorre em um momento em que o Supremo é alvo de críticas por decisões vistas por parte da sociedade como restritivas a esse direito.
Para alguns observadores do tribunal, a mudança de Fux pode representar um reequilíbrio interno entre as turmas, reforçando o debate sobre os limites e a proteção da liberdade de expressão — tema que vem ganhando centralidade nas discussões judiciais e políticas do país.





