A “PGR de Lula”: Investigações sobre o atual governo completam 9 meses completamente paradas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) mantém há nove meses sem avanços o inquérito que investiga a aplicação de sigilos por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. A investigação foi aberta em fevereiro deste ano para apurar possíveis irregularidades na restrição de acesso a informações públicas durante o atual governo.

O procedimento tem como objetivo esclarecer o que os investigadores chamam de “supostas irregularidades ocorridas na Presidência da República”, com foco em situações em que dados que deveriam ser públicos foram classificados como sigilosos, contrariando as normas de transparência e acesso à informação.

Pontos sob investigação

Entre os principais pontos do inquérito está a imposição de sigilos de 100 anos sobre determinadas informações da administração federal — prática que, segundo fontes do Ministério Público, teria sido mantida ou recriada durante o governo Lula. Esse aspecto é considerado um dos focos centrais da apuração.

Outro ponto em análise é a falta de transparência sobre o número de assessores designados para auxiliar a primeira-dama em suas atividades oficiais. Investigadores questionam os motivos pelos quais o Palácio do Planalto optou por não divulgar essas informações, consideradas de interesse público.

O inquérito também inclui a investigação sobre o sigilo aplicado a registros de visitas dos filhos de Lula ao Palácio do Planalto. A PGR tenta entender as razões para que essas informações tenham sido classificadas como reservadas, em vez de constarem nos sistemas públicos de controle e transparência.

Além desses casos, a apuração examina outras restrições de acesso a dados oficiais, como informações sobre o uso do helicóptero presidencial e gastos com alimentação no Palácio da Alvorada. Todos esses elementos integram o conjunto de dados sob investigação desde fevereiro, sem que, até o momento, tenha havido andamento processual ou divulgação de resultados.

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Bruno Rigacci

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