Esquerda tenta homenagear criminosos mortos no Rio, mas corajoso vereador impede

Um momento de tensão marcou a sessão desta quinta-feira (31/10) na Câmara Municipal de São Paulo, após um pedido de “minuto de silêncio” em homenagem aos mortos na megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que teve como alvo integrantes do Comando Vermelho (CV).

O pedido foi feito pela vereadora Luna Zarattini (PT), que afirmou desejar prestar uma homenagem “a todas as vidas perdidas na operação”, classificando a ação policial como “uma chacina que precisa ser apurada”.

O pronunciamento provocou reação imediata do vereador Lucas Pavanato (PL), que se manifestou contra a homenagem e impediu que o ato fosse realizado.

“Não podemos homenagear criminosos que tocaram o terror no Rio de Janeiro, queimaram ônibus e mataram inocentes. É uma afronta às famílias das vítimas e às forças de segurança”, declarou Pavanato, em tom firme.

Clima tenso e troca de acusações

A intervenção do parlamentar gerou um bate-boca acalorado entre vereadores da base petista e da oposição. Parlamentares de esquerda acusaram Pavanato de “desrespeito” e “intolerância”, enquanto ele reiterou que o ato seria “um insulto às vítimas do crime organizado”.

A presidência da Câmara precisou intervir para restabelecer a ordem e encerrar o impasse. O minuto de silêncio não chegou a ser realizado.

Repercussão política

O episódio rapidamente repercutiu nas redes sociais, onde vídeos do debate circularam em perfis políticos e páginas de notícias.
A fala de Luna Zarattini foi criticada por apoiadores do governo estadual e por defensores das forças policiais, que classificaram o pedido como “tentativa de relativizar o crime”.

Por outro lado, setores da esquerda defenderam a vereadora, alegando que o gesto buscava chamar atenção para possíveis abusos policiais e para o elevado número de mortes durante a operação no Rio, que deixou mais de 120 mortos — entre eles, integrantes do Comando Vermelho e pessoas ainda não identificadas.

Contexto da operação

A megaoperação no Rio de Janeiro, realizada no dia 28 de outubro, mobilizou forças estaduais e federais para desarticular bases do Comando Vermelho em comunidades da Zona Norte e Baixada Fluminense.
O governo do estado afirmou que os mortos eram criminosos armados que resistiram à ação, enquanto entidades de direitos humanos e parlamentares de esquerda pedem investigação independente sobre possíveis excessos.

O governador Cláudio Castro (PL) defendeu a atuação das forças de segurança, afirmando que o Estado “não recuará diante do crime organizado”.

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Bruno Rigacci

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