Delegado baleado pelo Comando Vermelho tem péssima notícia no hospital

O delegado Bernardo Leal Anne Dias, assistente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), precisou amputar uma das pernas após ser baleado durante a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) realizada na última terça-feira (28), nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro.

A informação foi confirmada pelo secretário de Polícia Militar do Rio, coronel Marcelo de Menezes, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30). Segundo ele, o delegado segue hospitalizado em estado grave após passar por cirurgia de amputação.

“O delegado Bernardo Leal continua sob cuidados intensivos, mas reagindo bem ao procedimento. Todos nós estamos acompanhando de perto sua evolução”, declarou o coronel.

Policiais feridos e situação dos hospitais

Além do delegado, outros quatro policiais civis seguem internados, em condição estável e aguardando liberação médica. Entre os policiais militares feridos, dois estão em estado grave e sete permanecem hospitalizados, com previsão de alta nos próximos dias.

A operação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes de segurança, entre policiais civis, militares e federais, em uma das maiores ações já realizadas no estado. O objetivo era cumprir 51 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, facção que atua com forte influência nas comunidades da Penha e do Alemão.

Operação e repercussões

O confronto deixou 121 mortos, segundo balanço divulgado pela Defensoria Pública do Estado, e provocou ampla repercussão política e social. Autoridades estaduais defendem que a ação foi necessária para enfrentar o poder do tráfico armado, enquanto entidades de direitos humanos cobram transparência e investigação sobre as circunstâncias das mortes.

O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que os policiais agiram de forma legítima e que o Estado não pode “ser refém do crime organizado”. O governo federal, por sua vez, informou que acompanha o caso, mas ressaltou que a responsabilidade pelas ações de segurança pública é dos estados.

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Bruno Rigacci

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