Messias, Pacheco ou Dantas? Veja por quanto tempo próximo indicado ao STF pode permanecer na Corte
Com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a oportunidade de fazer sua terceira indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) desde que retornou à Presidência em 2023. A nova nomeação é considerada estratégica, pois poderá ampliar a influência de Lula na mais alta instância do Judiciário, e garantir uma maioria na Corte em um eventual segundo mandato.
Entre os principais nomes cotados, desponta como favorito o atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias — figura próxima ao presidente e já considerada por muitos como escolha praticamente certa. Outros nomes mencionados nos bastidores incluem o ex-presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
Perfil dos cotados:
Jorge Messias (AGU) – 45 anos
Cotado como o preferido de Lula. Com forte ligação com o PT e experiência jurídica consolidada, Messias poderia ficar no STF por até 30 anos, caso seja confirmado.Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – 49 anos
Ex-presidente do Senado, tem trânsito político e apoio de parte do Congresso. Sua eventual indicação poderia facilitar a aprovação no Senado.Bruno Dantas (TCU) – 47 anos
Nome técnico, bem visto no meio jurídico e com respaldo em setores da elite política e empresarial.
Impacto a longo prazo
De acordo com as regras constitucionais, os ministros do STF se aposentam compulsoriamente aos 75 anos. A eventual nomeação de Messias ou outro nome jovem pode manter a cadeira ocupada até meados da década de 2050, o que mostra o impacto de longo prazo de cada nomeação.
Se Lula for reeleito em 2026, ele poderá indicar mais três ministros, totalizando seis indicações em dois mandatos. Com isso, a maioria dos 11 integrantes do STF passaria a ter origem em suas decisões, o que configuraria uma virada na composição da Corte após décadas de equilíbrio entre diferentes linhas ideológicas.
Próximas aposentadorias no STF:
Luiz Fux – em 2028
Cármen Lúcia – em 2029
Gilmar Mendes – em 2030
Edson Fachin – em 2033
Alexandre de Moraes – em 2044
Caso Lula mantenha o padrão de indicar ministros mais jovens, o STF poderá permanecer sem alterações na composição por mais de uma década, consolidando sua influência e dificultando reequilíbrios futuros por novos presidentes.