Caso reeleito, Lula poderá indicar até 6 ministros em 8 anos
Caso seja reeleito em 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá indicar até seis ministros ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante seus dois mandatos. A possibilidade ganhou força com o anúncio, nesta quinta-feira (9), da aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte.
Barroso, que poderia permanecer no cargo até 2033, decidiu deixar o Supremo após mais de 12 anos de atuação.
“Foram tempos de imensa dedicação à causa da justiça e da democracia. A vida me proporcionou a bênção de servir ao país”, declarou o ministro ao anunciar sua saída.
Terceira indicação em menos de dois anos
Com a decisão de Barroso, Lula fará sua terceira indicação ao STF desde que iniciou seu terceiro mandato, em janeiro de 2023.
Ele já nomeou Cristiano Zanin, em 2023, para a vaga de Ricardo Lewandowski, e Flávio Dino, em 2024, para o lugar de Rosa Weber.
Agora, o presidente precisará escolher o novo nome para a vaga aberta por Barroso — o que reacende discussões dentro e fora do governo sobre o perfil ideal para o próximo ministro da Suprema Corte.
Cotados para o STF
Entre os nomes mais cotados para a nova indicação estão:
Jorge Messias, advogado-geral da União;
Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU);
Vinícius Carvalho, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU);
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado.
Há também pressão interna no PT para que uma mulher seja indicada ao STF. Entre os nomes lembrados por aliados está o da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), atual presidente nacional do partido.
Mais três vagas até 2030
Se reeleito em 2026, Lula poderá indicar mais três ministros até o fim do segundo mandato:
Luiz Fux, que deve se aposentar em 2028;
Cármen Lúcia, em 2029;
Gilmar Mendes, em 2030.
Com isso, o presidente poderá moldar significativamente a composição do Supremo, influenciando decisões de grande impacto jurídico e político no país pelos próximos anos.





