Surge o motivo que fez Tagliaferro não ser preso como Carla Zambelli

Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi detido recentemente na Itália, onde prestou esclarecimentos às autoridades locais após um pedido de extradição emitido pelo governo brasileiro. Após audiência preliminar, a Justiça italiana decidiu liberá-lo para responder ao processo em liberdade, enquanto o caso segue em análise.

Segundo fontes diplomáticas, Tagliaferro foi oficialmente notificado sobre o pedido de extradição, mas os juízes italianos entenderam que não havia elementos suficientes para justificar sua prisão preventiva. A solicitação do Brasil ainda será examinada pelas instâncias competentes da Justiça italiana, em um processo que pode se estender por semanas ou até meses.

A decisão das autoridades italianas gerou comparações com o caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que também teve a extradição solicitada após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 15 anos e 3 meses de prisão. No caso de Zambelli, seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol (Red Notice), o que levou à sua prisão fora do país.

Diferenças jurídicas entre os casos

Especialistas em direito internacional ouvidos pela imprensa destacam que a diferença no tratamento jurídico entre os dois casos se deve a três pontos principais:

  • Tagliaferro não possui condenação criminal com trânsito em julgado no Brasil;

  • Seu nome não consta na lista vermelha da Interpol;

  • O pedido de extradição ainda está em fase inicial de tramitação.

Esses fatores, segundo as autoridades italianas, afastam a caracterização do caso como o de um foragido internacional, diferentemente da situação de Zambelli, que já se encontra na fase de execução penal.

Atualmente, Eduardo Tagliaferro permanece na Europa, monitorado e à disposição da Justiça local, enquanto aguarda o desenrolar do processo. Ainda não há previsão para uma decisão final sobre sua extradição.

Sem posicionamento oficial

Até o momento, o Supremo Tribunal Federal e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) não se pronunciaram oficialmente sobre o andamento do caso ou os próximos passos no trâmite do pedido junto às autoridades italianas.

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Bruno Rigacci

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