Donald Trump revela o que achou da conversa com Lula; confira
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou como “ótima” a conversa por videochamada que teve com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta segunda-feira (6). Em publicação na Truth Social, rede social fundada pelo próprio republicano, Trump afirmou que o diálogo girou principalmente em torno da economia e do comércio entre os dois países.
“Discutimos muitas coisas, mas a conversa foi focada em economia e no comércio entre nossos dois países. Teremos mais discussões”, escreveu Trump.
“Gostei da ligação. Nossos países se sairão muito bem juntos!”, completou.
O líder americano ainda disse que pretende se reunir com Lula “em um futuro não tão distante”, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, indicando disposição para manter um canal direto de diálogo com o governo brasileiro.
Lula pediu fim de tarifas e sanções
Mais cedo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informou que a conversa, de cerca de 30 minutos, teve tom cordial e resultou na troca de contatos diretos entre os líderes. Durante a ligação, Lula solicitou formalmente a retirada da sobretaxa de 40% imposta pelos EUA a produtos brasileiros, como aço, alumínio e etanol. Também pediu o fim de medidas restritivas contra autoridades brasileiras, cujos nomes não foram divulgados.
Além disso, o presidente brasileiro reiterou o convite para que Trump participe da COP30, que será realizada em Belém (PA) em 2026.
Próximo encontro deve ocorrer na Malásia
Segundo o Planalto, há expectativa de que os dois presidentes se encontrem pessoalmente ainda neste mês, durante a Cúpula da ASEAN, na Malásia. Também foram abertas negociações técnicas entre os países, com a designação do secretário de Estado Marco Rubio, pelos EUA, para conversar com representantes brasileiros, entre eles o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad.
A declaração pública de Trump é vista como um gesto importante para reduzir a tensão diplomática após o anúncio das tarifas americanas, e pode abrir caminho para um reequilíbrio nas relações bilaterais.