Delegação brasileira na ONU: mais de 110 pessoas e gastos oficiais já passam de R$ 4,3 milhões

A presença do Brasil na 80ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, gerou despesas consideráveis para os cofres públicos. Segundo dados do Portal da Transparência, acessados nesta semana, os gastos oficiais da comitiva chefiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva somam, até o momento, R$ 4,31 milhões.

A delegação brasileira foi composta por mais de 110 integrantes, incluindo ministros de Estado, diplomatas, assessores, técnicos de diferentes órgãos federais e representantes de estatais como BNDES, Banco do Brasil e Petrobras.

Hospedagem e transporte lideram os custos

Os maiores gastos até agora foram com hospedagem (R$ 2,8 milhões) e aluguel de veículos (R$ 1,5 milhão). Itens como passagens aéreas, diárias, segurança e logística ainda estão sendo lançados no sistema, o que indica que o valor final da missão pode ser maior nas próximas semanas.

O Ministério das Relações Exteriores informou que parte das despesas ainda está “em execução” e que os valores continuarão a ser atualizados no Portal da Transparência.

Polêmica: valor de R$ 43 milhões circula sem confirmação oficial

Nas redes sociais e em veículos de imprensa, como Jornal de Brasília e Metrópoles, foi ventilada a informação de que os gastos da comitiva já ultrapassariam os R$ 43 milhões. No entanto, essa cifra não aparece em nenhum registro oficial até o momento.

Especialistas em contas públicas ouvidos por esses veículos apontam que é comum haver um atraso na totalização dos gastos, mas consideram exagerada a diferença entre os números divulgados oficialmente e os valores especulados.

Itamaraty defende número elevado de participantes

Em nota, o Itamaraty justificou o tamanho da delegação, destacando que o Brasil desempenha papel estratégico durante a Assembleia-Geral, especialmente por ser o país responsável pelo discurso de abertura desde 1947.

A pasta ressaltou que, além do pronunciamento do presidente Lula, o Brasil teve participação ativa em reuniões multilaterais, encontros bilaterais, fóruns econômicos e negociações específicas, exigindo presença de diferentes ministérios e órgãos públicos.

Expectativa por prestação de contas final

Apesar das controvérsias em torno dos valores, a prestação de contas completa ainda depende da atualização total dos dados no Portal da Transparência. Até lá, é possível que os números aumentem — mas não há, por ora, qualquer comprovação de que os custos tenham chegado à casa das dezenas de milhões de reais.

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Bruno Rigacci

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