Ex-presidente da OAB volta a atacar Bolsonaristas

O advogado Felipe Santa Cruz, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), voltou a ser centro de polêmica neste domingo (7), após publicar duras críticas ao movimento bolsonarista em suas redes sociais. Em um texto incisivo, Santa Cruz classificou o bolsonarismo como uma “deficiência mental”, alegando que ele gera uma série de contradições entre valores e práticas de seus seguidores.

“Bolsonarismo é uma deficiência mental que faz patriota ser contra a Pátria. Cristão ser a favor de guerra. Político eleito ser contra a democracia. Militar pedir intervenção estrangeira. Cientista ser contra a vacina. Servidor público apoiar privatização. Pobre ser contra taxar rico”, escreveu o advogado.

A publicação repercutiu rapidamente nas redes, gerando reações de apoio e repúdio, especialmente entre políticos e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Histórico de declarações polêmicas

Esta não é a primeira vez que Felipe Santa Cruz causa controvérsia ao se posicionar contra o ex-presidente. Em agosto de 2025, ele publicou uma mensagem em que sugeria, de forma simbólica, que Bolsonaro poderia ser punido com “bala na nuca” por, segundo ele, trair os princípios democráticos do país.

A declaração levou à abertura de um processo no Congresso Nacional. A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um requerimento para acionar a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo a investigação de Santa Cruz por possível incitação à violência.

Reações e contexto político

As novas críticas reacendem o embate entre o ex-presidente da OAB e o campo político alinhado ao bolsonarismo. Santa Cruz tem sido um dos nomes mais vocais do meio jurídico contra os ataques às instituições democráticas e ao Estado de Direito durante o governo Bolsonaro e após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

A fala deste domingo busca destacar, segundo ele, o que seriam incoerências ideológicas dentro do bolsonarismo, como o apoio de religiosos à guerra, ou de servidores públicos à privatização de serviços essenciais.

Até o momento, Jair Bolsonaro não se pronunciou diretamente sobre as declarações. Parlamentares aliados, no entanto, já cogitam novas medidas legais contra Santa Cruz, sob a alegação de que suas falas ferem a honra de cidadãos e incentivam a intolerância.

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Bruno Rigacci

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