Nikolas Ferreira detona Pacheco e Alcolumbre em ato de ‘7 de Setembro’ em BH

Durante o ato do dia 7 de Setembro, realizado em Belo Horizonte (MG), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez duras críticas aos senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Davi Alcolumbre (União-AP), acusando-os de covardia, omissão e alinhamento com o governo Lula. O evento, que reuniu milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve como foco principal a defesa da anistia aos presos de 8 de janeiro de 2023 e a crítica ao que os manifestantes chamam de “ditadura do Judiciário”.

Nikolas, um dos parlamentares mais populares da base bolsonarista, utilizou o palco para atacar diretamente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por não pautar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Senado tem uma figura que, se não pautar o impeachment, vai entrar para o hall dos maiores covardes que o Brasil já teve. Infelizmente, no primeiro lugar desse ranking já está o maior covarde, que é o Rodrigo Pacheco”, disparou Nikolas, sob aplausos.

Críticas a Alcolumbre e defesa da anistia

O deputado também atacou Davi Alcolumbre, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, por ter afirmado publicamente que não pautaria o impeachment de Moraes, ainda que todos os senadores assinassem o pedido. Segundo Nikolas, essa postura representa uma afronta direta à soberania popular.

Davi Alcolumbre deu uma das declarações mais covardes e desonestas que eu já vi um presidente falar. O que ele quer dizer é que os votos dos brasileiros não valem nada, e que é ele quem manda”, disse o parlamentar mineiro.

Nikolas também reforçou sua defesa da anistia aos presos políticos do 8 de janeiro, criticando a forma como o Judiciário vem tratando os manifestantes e prometeu fazer campanha contra Alcolumbre, caso o senador mantenha sua posição contrária à proposta.

Não somos extremistas por pedir anistia para pessoas de bem. Você, Pacheco, é que é um canalha por pedir a Presidência de um bandido que é o Lula”, afirmou.

Caso Clezão e memória dos presos políticos

No encerramento de seu discurso, Nikolas relembrou a morte do empresário Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, que faleceu em novembro de 2023, enquanto cumpria prisão na Papuda. O deputado ressaltou que laudos médicos já apontavam risco de morte súbita, o que, segundo ele, agrava a responsabilidade do Estado pela tragédia.

Clezão morreu por perseguição política. Ele era um pequeno empresário, um pai de família. Estava doente e foi ignorado pelo sistema. Isso é desumano e precisa ser lembrado.”

Clima de tensão institucional persiste

A manifestação em BH fez parte de uma série de atos organizados em várias capitais brasileiras neste 7 de Setembro, todos marcados por forte tom político e religioso, críticas ao STF, defesa da liberdade de expressão e pedidos de anistia. Os eventos ocorreram em paralelo ao ato da esquerda, na Praça da República em São Paulo, que reuniu cerca de 8,8 mil pessoas, segundo levantamento da USP.

O Supremo Tribunal Federal deve concluir nos próximos dias o julgamento de Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado, o que mantém o clima político altamente polarizado e acirrado entre os Poderes.

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Bruno Rigacci

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