URGENTE: Relator da CPMI do INSS pede a prisão de investigados e Mendonça deve decidir
O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apresentou nesta segunda-feira (1º) uma lista com pedidos de prisão preventiva contra investigados suspeitos de envolvimento em um esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas.
A lista será submetida à votação do colegiado da comissão. Caso seja aprovada, será encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde caberá ao ministro André Mendonça, relator do caso, decidir sobre o deferimento ou não dos pedidos.
Segundo Gaspar, os nomes incluídos já têm, no entendimento dos parlamentares, provas suficientes de envolvimento em crimes que justificam as prisões preventivas. O relator afirmou ainda que os alvos ocupavam posições estratégicas no esquema de fraudes, que causou prejuízos milionários a beneficiários do INSS.
Principais alvos dos pedidos de prisão preventiva:
Maurício Camisotti – Empresário, apontado como um dos financiadores e articuladores do esquema;
Antonio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS – Figura conhecida entre aposentados, suspeito de ser operador direto das fraudes;
André Paulo Félix Fidelis – Ex-diretor de benefícios e relacionamento com o cidadão do INSS;
Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho – Ex-procurador-geral do INSS, acusado de facilitar juridicamente o funcionamento do esquema;
Eric Douglas Martins Fidelis – Advogado, supostamente envolvido na sustentação legal das operações fraudulentas;
Ramon Rodrigues Novais – Ligado ao grupo Total Health (THG), organização privada apontada como beneficiária do esquema.
Esquema sob investigação
A CPMI apura um esquema de fraudes estruturadas que envolvia concessão irregular de benefícios previdenciários, aliciamento de idosos e uso indevido de dados sensíveis de aposentados. As investigações revelaram a atuação de um grupo com ramificações dentro e fora do INSS, com participação de servidores públicos, advogados e empresários.
O deputado Alfredo Gaspar defende que as prisões são necessárias para evitar destruição de provas, intimidação de testemunhas e continuidade dos crimes.
O STF ainda não se pronunciou sobre os pedidos.