Com apenas um print, Eduardo expõe a hipocrisia do banco responsável por pagar ministros do STF

Após a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que leis e decisões judiciais estrangeiras não têm validade automática no Brasil, o Banco do Brasil (BB) se pronunciou oficialmente destacando seu compromisso com o cumprimento da legislação brasileira e das normas internacionais.

“O banco atua em plena conformidade à legislação brasileira, às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro”, afirmou a instituição em nota.

O Banco do Brasil, responsável pelo pagamento dos salários dos ministros do STF, ressaltou ainda sua longa trajetória no cenário internacional, com mais de 80 anos de atuação fora do país. Segundo o comunicado, essa experiência capacita a instituição a lidar com “questões complexas e delicadas relacionadas a regulamentações globais”.

A nota também destaca que o banco mantém um corpo jurídico especializado para garantir conformidade regulatória:

“O banco sempre acompanha esses assuntos com atenção e conta com assessoramento jurídico especializado para garantir atuação alinhada às melhores práticas de governança, integridade e segurança financeira.”

Contexto: Sanções e soberania

A manifestação do Banco do Brasil ocorre após a decisão do ministro Flávio Dino, proferida em resposta à aplicação de sanções pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, também integrante do STF. Moraes foi incluído na lista da Lei Magnitsky, norma americana que permite sanções a indivíduos acusados de violações de direitos humanos ou corrupção, mesmo fora do território dos EUA.

Na decisão, Dino afirmou que nenhuma medida estrangeira pode produzir efeitos automáticos no Brasil sem passar pelo devido processo legal, enfatizando a soberania nacional e a necessidade de homologação judicial para a aplicação de sanções externas.

Com isso, o STF busca impedir que instituições brasileiras — como o Banco do Brasil — sejam pressionadas a aplicar decisões originadas de jurisdições estrangeiras sem respaldo jurídico interno.

Repercussões

A decisão de Flávio Dino e a resposta do Banco do Brasil refletem o crescente embate entre medidas unilaterais impostas por potências internacionais e a autonomia dos países em seus sistemas legais. A posição adotada reforça o entendimento de que apenas decisões validadas judicialmente no Brasil têm legitimidade para serem executadas no território nacional.

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Bruno Rigacci

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