‘Moraes está decidido a matar Jair Bolsonaro’
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) voltou a causar polêmica nesta sexta-feira (8) ao publicar uma série de críticas contundentes ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suas redes sociais. Em tom inflamado, Carlos acusou o magistrado de liderar uma suposta ofensiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chegando a afirmar que Moraes “está decidido a matar Jair Bolsonaro”.
Segundo o vereador, que é filho do ex-presidente, o ministro do STF — a quem ironicamente se referiu como “guardião” da Constituição — teria se transformado no “seu coveiro”. Carlos relembrou o atentado à faca sofrido por Bolsonaro em 2018, atribuído a um ex-filiado ao PSOL, e destacou que o ex-presidente sobreviveu a sete cirurgias desde então. Para ele, Bolsonaro e seus aliados estariam sendo alvo de uma “perseguição homeopática e calculada”, com o objetivo de destruí-los física e psicologicamente.
“É um processo que visa não apenas Bolsonaro, mas todo o povo que ousa não se submeter”, afirmou Carlos.
Na publicação, o vereador também fez graves acusações contra Moraes, citando práticas como “tortura para arrancar delações sem provas”, “violações do devido processo legal”, “buscas e apreensões sem fundamento”, “prisões ilegais” e até “mortes abafadas”. Ele sugeriu que essas medidas fazem parte de um suposto plano para neutralizar a oposição política e controlar as narrativas públicas.
Carlos Bolsonaro comparou o cenário brasileiro ao colapso institucional da Venezuela, dizendo que “o enredo é idêntico ao que destruiu” o país governado por Nicolás Maduro. Segundo ele, líderes autoritários supostamente aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva estariam protegidos por uma estrutura de poder que impediria investigações ou menções durante campanhas eleitorais.
Além das críticas ao Judiciário, o vereador também atacou a imprensa, que classificou como “velha” e parte do “establishment”. Ele acusou veículos de comunicação de omitir questões estratégicas, como as tarifas de 70% impostas por Maduro ao Brasil, e de tratar adversários do governo com condescendência.
“A prioridade é ideológica e, muitas vezes, sanguinária. O terror que aplicam aqui é calculado. O circo segue na várzea da ‘democracia’ dos inconsequentes. Mas isso vai acabar”, concluiu o parlamentar.
As declarações geraram forte repercussão nas redes sociais e reacenderam o debate sobre os limites da liberdade de expressão, do papel do Judiciário e da politização das instituições no país. Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes não se pronunciou sobre as falas do vereador. Também não há informações sobre eventual investigação ou resposta institucional às acusações.