URGENTE: Eduardo age rápido
Com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar em Brasília, seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), está organizando uma nova viagem a Washington para a próxima semana. A agenda tem como objetivo reforçar articulações políticas nos Estados Unidos e discutir possíveis novas sanções internacionais contra autoridades brasileiras, classificadas por aliados de Bolsonaro como “perseguidores”.
O plano da viagem foi anunciado pelo comentarista político Paulo Figueiredo, que acompanhará Eduardo na visita. Em vídeo publicado nas redes, Figueiredo declarou:
“Na semana que vem, Eduardo e eu voltaremos a Washington. Vamos reportar como estão as conversas políticas, de bastidores. Como que os bancos estão lidando com as sanções, o próprio Judiciário, etc.”
Segundo ele, a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro deverá gerar reações no exterior, mas alertou para o ritmo do processo de sanções internacionais:
“Obviamente vai ter reação. Mas sanção não é assim. Exige documentação.”
Lei Magnitsky e sanção contra Moraes
No último dia 30 de julho, o governo Trump anunciou a aplicação da Lei Magnitsky Global contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida, de caráter simbólico e prático, restringe o acesso a bens e operações financeiras nos EUA por parte do ministro, além de colocar seu nome em uma lista de sancionados por violação de direitos humanos.
A sanção provocou imediata mobilização no setor bancário brasileiro. De acordo com fontes ouvidas pelo site TV Pop, instituições financeiras consultaram a Febraban e escritórios jurídicos internacionais para entender o alcance da penalidade. Em análises preliminares, alguns bancos apontaram que os efeitos da sanção se aplicariam apenas a operações internacionais, mas há quem defenda que os impactos podem ir além — afetando até o acesso a linhas de crédito e parcerias com entidades com presença nos EUA.
Tarifaço de Trump e isenção a produtos brasileiros
Coincidentemente, no mesmo dia em que anunciou a sanção contra Moraes, o presidente Donald Trump publicou uma nova ordem executiva estabelecendo tarifas comerciais. No entanto, produtos estratégicos para o Brasil, como suco de laranja, celulose e aeronaves civis, foram excluídos da nova taxação, o que foi interpretado por analistas como um sinal de interesse em preservar relações comerciais com setores-chave da economia brasileira.
Repercussão política
A movimentação de Eduardo Bolsonaro em Washington ocorre em um momento de forte tensão institucional no Brasil, com o Judiciário, em especial o STF, sob críticas da oposição por medidas consideradas autoritárias. A expectativa é que a nova visita à capital americana envolva encontros com parlamentares republicanos e organizações internacionais ligadas à defesa de liberdades civis.
Até o momento, nem o STF nem o governo brasileiro se manifestaram oficialmente sobre os desdobramentos internacionais envolvendo o nome do ministro Alexandre de Moraes.
