Enfim, Lula se manifesta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou neste sábado (19) em apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), após a revogação dos vistos americanos de Alexandre de Moraes, outros integrantes da Corte, familiares e aliados políticos. A medida foi tomada pelo governo dos Estados Unidos, sob liderança de Donald Trump, e gerou forte repercussão no meio jurídico e diplomático brasileiro.
Em nota oficial divulgada à imprensa e nas redes sociais, Lula classificou a decisão como uma “medida arbitrária e completamente sem fundamento”. Para o presidente, o ato representa uma grave violação da soberania brasileira.
“A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”, afirmou Lula no comunicado.
Preservação do Estado Democrático de Direito
O presidente reiterou que as instituições brasileiras não irão recuar diante do que chamou de ameaças externas. Ele destacou que os poderes nacionais seguirão firmes na missão de defender o Estado Democrático de Direito.
“Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”, declarou.
Crise diplomática em curso
A suspensão dos vistos de autoridades brasileiras por parte dos EUA acirra tensões diplomáticas entre os dois países e levanta dúvidas sobre os motivos e o alcance real da decisão americana. Até o momento, o governo norte-americano não divulgou justificativa oficial para o ato, que tem sido interpretado como uma retaliação ou posicionamento político frente à atuação do Judiciário brasileiro nos últimos anos.
Nos bastidores do Palácio do Planalto, o episódio foi tratado como uma “provocação grave” e já mobiliza diplomatas para respostas formais no âmbito internacional. Há expectativa de que o Itamaraty se manifeste nas próximas horas.
Cenário tenso
A medida adotada por Washington atinge diretamente nomes influentes da mais alta cúpula do Judiciário brasileiro, incluindo o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O episódio intensifica o clima já turbulento entre o governo Lula e setores conservadores internacionais. Nas redes sociais, apoiadores do presidente Donald Trump celebraram a decisão, enquanto membros do governo brasileiro e da comunidade jurídica classificam o ato como “intervencionista”.