Sem titubear, Tarcísio aponta o culpado pelas tarifas de Trump

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), responsabilizou diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. A medida foi anunciada recentemente como parte de uma nova política comercial norte-americana que impacta países que, segundo Washington, não atenderam critérios ambientais e de alinhamento diplomático.

Em declaração à imprensa nesta quarta-feira (10), Tarcísio afirmou que o governo Lula priorizou sua agenda ideológica em detrimento dos interesses econômicos do país.

Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação”, disse o governador, em referência ao alinhamento do governo federal com países como Venezuela, Cuba e Nicarágua.

Segundo Tarcísio, o governo federal não teria se empenhado em manter um canal diplomático produtivo com os EUA, o que teria prejudicado setores como o agronegócio, mineração e indústria de base, principais alvos das novas tarifas.

Contexto internacional

Os Estados Unidos anunciaram a nova taxa como parte de uma revisão de sua política de comércio internacional, com foco em práticas ambientais, trabalhistas e de governança. A tarifa de 50% atinge principalmente commodities e bens de alto impacto ambiental, e também afeta Índia, Indonésia e África do Sul.

Lula ainda não comentou publicamente sobre a fala de Tarcísio nem sobre a decisão dos Estados Unidos. O Palácio do Planalto, por ora, trata o assunto com cautela e avalia uma resposta diplomática em conjunto com o Itamaraty.

Reações políticas

Aliados de Lula no Congresso Nacional classificaram as falas de Tarcísio como “oportunistas” e disseram que o governador está antecipando o debate eleitoral de 2026. Já setores do empresariado paulista demonstraram preocupação com os efeitos da tarifa nas exportações e pediram mais ação por parte do governo federal.

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Bruno Rigacci

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