Guga Chacra analisa o significado da declaração de Trump e assombra os colegas da Globo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocou um terremoto diplomático nesta segunda-feira (7), ao criticar publicamente o sistema político e judicial brasileiro por conta das ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em sua declaração, feita por meio da plataforma Truth Social, Trump — agora em seu segundo mandato à frente da Casa Branca — disparou:

“A única forma de julgamento que deveria estar ocorrendo é pelo voto dos brasileiros — isso se chama eleição.”

E completou com uma advertência direta:

“Deixem Bolsonaro em paz!”

A fala repercutiu intensamente no Brasil, tanto entre apoiadores de Bolsonaro quanto entre autoridades do governo Lula.

Guga Chacra: “Isso é gigantesco”

A gravidade da manifestação foi destacada pelo jornalista Guga Chacra, correspondente internacional da GloboNews nos Estados Unidos. Em comentário ao vivo, Chacra resumiu o impacto:

“Isso é gigantesco.”

Para ele, trata-se de um caso raro de interferência direta de um presidente norte-americano em questões internas do Brasil, com potencial de desestabilizar relações diplomáticas.

Lula responde com firmeza, mas evita citar Trump

Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou em suas redes sociais um comunicado firme, embora sem mencionar Trump nominalmente:

“Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito.”

A omissão do nome de Trump foi notada e discutida tanto na imprensa brasileira quanto na internacional. Analistas apontam que a estratégia pode ter sido deliberada para evitar confronto direto com Washington, especialmente diante da retomada de Trump à presidência dos EUA.

O que está em jogo

A fala de Trump reacende discussões sobre:

  • Soberania nacional

  • Polarização política no Brasil

  • Relações diplomáticas com os EUA sob Trump 2.0

  • O futuro político de Bolsonaro

Além disso, especialistas destacam que essa interferência pode ser usada internamente por aliados de Bolsonaro como narrativa de apoio internacional, enquanto o governo Lula tenta conter os efeitos diplomáticos.

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Bruno Rigacci

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