Reveladas as identidades das vítimas do acidente aéreo em São Paulo
Na manhã desta terça-feira (1º), um trágico acidente aéreo deixou duas pessoas mortas em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. As vítimas são o instrutor de voo Abner Casagrande de Oliveira, de 41 anos, e seu aluno Felipe Coiado Gomes, de 23.
O acidente ocorreu no bairro Vila Azul, e mobilizou ao menos seis viaturas do Corpo de Bombeiros, além de equipes da Polícia Militar e da Defesa Civil. A queda da aeronave foi fatal, e não houve sobreviventes.
Perfil das vítimas
Abner Casagrande era natural de Rio Preto e havia concluído recentemente sua formação como piloto profissional. Casado, deixa esposa e três filhas pequenas, de 2, 6 e 9 anos. Já Felipe Gomes, morador de Potirendaba — cidade vizinha a Rio Preto —, era aluno do curso de pilotagem e realizava mais uma aula prática no momento da tragédia.
Aeronave antiga e com certificado vencendo
Segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave acidentada era um Paulistinha CAP-4, prefixo PP-RDJ, fabricado em 1943 — ou seja, com mais de 80 anos de uso. O avião pertencia ao Aeroclube de São José do Rio Preto, que também atua como escola de aviação na região.
Apesar da idade, o avião constava como apto para voos de instrução, porém, o certificado de verificação de aeronavegabilidade estava prestes a expirar — e de fato, vencia justamente no dia do acidente, o que pode ser um elemento relevante nas investigações.
A aeronave tinha capacidade para apenas duas pessoas — piloto e passageiro — e não possuía autorização para operar como táxi-aéreo.
Investigações
As causas do acidente ainda estão sendo apuradas. A Força Aérea Brasileira (FAB) deve enviar técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) para realizar perícia no local e recolher dados que possam esclarecer o que provocou a queda da aeronave.
O Aeroclube de São José do Rio Preto ainda não se pronunciou oficialmente até o momento.
Comoção e luto
A tragédia abalou a comunidade da aviação regional e os moradores de São José do Rio Preto. Amigos e familiares das vítimas utilizaram as redes sociais para prestar homenagens e expressar sua dor. As prefeituras locais e o aeroclube devem decretar luto oficial.
A queda de uma aeronave com histórico tão antigo e em pleno uso para instrução reacende o debate sobre os padrões de manutenção e fiscalização de aviões de pequeno porte no Brasil, sobretudo os utilizados por escolas de aviação.